O fim da “Era das Quentinhas” pela mobilização estudantil: o ressurgimento do Movimento Estudantil da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em 2022
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Resumo
O cotidiano universitário nos relembra como as violências ainda são reproduzidas em um ambiente que deveria ser acolhedor. Se a universidade se torna um local de violência contra nossos corpos, nossas vivências e sobrevivências, este ideal do ambiente acadêmico demonstra-se contraditório. Viver uma realidade na qual sujeitos dependem quase inteiramente de políticas de assistência estudantil, como o restaurante universitário ou a moradia estudantil, coloca-nos à mercê das mais variadas violências dentro da universidade. Ao compreendermos de quais grupos sociais nos referimos quando tratamos da organização e realização de protestos contra o esquema de distribuição de “quentinhas” ao longo dos últimos anos na UFRRJ, vemos nitidamente a necessidade de recuperarmos este acontecimento e suas consequências para um debate sobre vulnerabilidades, identidades e diferenças das experiências de violências dentro da universidade, bem como refletir sobre o papel do movimento estudantil neste contexto. Quando nos identificamos com o local que residimos, nesse caso, o alojamento, a luta pela sobrevivência torna-se cotidiana.
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