Escutando a Moradia Estudantil: o que o cotidiano de violência nas residências universitárias dizem sobre o extrativismo que sustenta a educação superior?

Autores

  • Isadora Guerra da Silveira isadorasm18@gmail.com
    UFRRJ
  • Antonádia Borges antonadia@ufrrj.br
    UFRRJ

DOI:

https://doi.org/10.48074/aceno.v11i26.17172


Resumo

Se em países como o Brasil a universidade se constitui como uma plantation devotada à produção de matérias-primas brutas a serem exploradas em latitudes mais centrais, não podemos perder de vista a captura de vidas que esse processo exige. O conceito de sobcomuns desenvolvido por Moten e Harney, assim como a figura do quarto de vassouras em Le Guin, servem de inspiração para nos aproximarmos do alojamento estudantil da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Neste texto, a partir de uma experiência etnográfica intensa, tratamos de esmiuçar a violência imperante na cultura universitária local. Exploramos as práticas extrativistas que se nutrem da vida de estudantes feitos descartáveis para erigir uma universidade que, paradoxalmente, se crê independente dessas formas dissidentes de existir. Por fim, abordamos o amor forjado nesse refúgio e os laços de enfrentamento formados por estudantes alojados.

 

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Publicado

2024-11-24

Edição

Seção

Dossiê Temático Identidades, diferenças e violência na cultura universitária