Regime normativo cisgênero e a permanência das pessoas trans nas universidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48074/aceno.v11i26.17163


Resumo

O artigo tem por objetivo apresentar as experiências de acesso e permanência de uma trans universitária da Universidade Federal de Ouro Preto em articulação com as questões sinalizadas por estudantes trans de outras Universidades tendo, principalmente, como referência para análise das narrativas o conceito de cisgeneridade. Destacam-se como referenciais teóricos a produção de autoras transfeministas (Viviane Vergueiro, 2016; Sofia Favero, 2015; Megg Rayara de Oliveira, 2021; Letícia Nascimento, 2021) e pesquisadoras e pesquisadores que se dedicaram ao estudo das transexualidades na Educação (Catarina Dallapícula, 2021; Neil Franco, 2018; Pablo Roncón, 2021). Por fim, os resultados apontam que a permanência de estudantes trans nas instituições de Ensino Superior apresentam desafios específicos, porém, se aproximam em relação às opressões que se relacionam ao regime de verdade atrelado à cisgeneridade, tornando-se necessária visibilização de tais experiências e o empoderamento de tais pessoas como forma de romper com tal lógica dominante.

Biografia do Autor

  • Leandro Andrade Henriques, UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

    Doutorando em Psicologia pela Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Possui graduação em Psicologia (2009) pela Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ); Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional e formação complementar em: Educação e Desenvolvimento (FGV - Fundação Getúlio Vargas); Disputas em gênero e sexualidade (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Promoção da Saúde (UFMG - Univ. Federal de Minas Gerais); Atenção Integral à Saúde da Mulher (UFMG); Prevenção ao Suicídio (UFMG) e Orientação Profissional (CEAP). Dedica ao estudo dos seguintes temas: Gênero, Sexualidades e Assistência Estudantil. Atuo como Psicólogo da Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP (desde 2010)

  • Marco Antonio Torres, UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

    Possui graduação (1999), mestrado (2005) e doutorado (2012) em Psicologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e está vinculado ao Departamento de Educação desta universidade. Na UFOP exerceu os seguintes cargos: coordenação do Comitê Gestor Institucional de Formação Inicial e Continuada de Profissionais do Magistério da Educação Básica da UFOP com financiamento MEC, FNDE e CAPES, vice coordenação (2015-2017) e coordenação (2017-2018) do Programa de Pós-Graduação em Educação, chefia do Departamento de Educação (2011-2012) coordenação do Curso de Pedagogia (2021-2022) e vice coordenação do Curso e Pedagogia (2022-2023). Atualmente é membro titular do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ como representante da ANPED (2023-atual). Fez parte da Diretoria Nacional da Associação Brasileira de Psicologia e Sociedade (ABRAPSO) na gestão 2016/2017. Foi coeditor da Revista Psicologia e Sociedade. Colaborou com o Núcleo de Psicologia Política e o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT, ambos da UFMG. Participou entre 2010/2011 do grupo de trabalho do Ministério da Educação para acompanhar a implantação do Programa Brasil sem Homofobia e o Plano Nacional de Promoção da Cidadania dos Direitos Humanos LGBT. Foi membro associado da Província dos Capuchinhos de Minas Gerais, professor do Instituto Santo Tomás de Aquino, psicólogo-pesquisador de organismos eclesiais da Igreja Católica. Pesquisa nas Áreas da Educação e Psicologia Social. Pesquisa e publica acerca dos contextos educacionais com ênfase nos temas Educação e Diversidade, Gênero, Sexualidades, Laicidade, Direitos Humanos, Subjetividades e Identidades Políticas.

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Publicado

2024-11-24

Edição

Seção

Dossiê Temático Identidades, diferenças e violência na cultura universitária