“Existe uma diferença entre ser abandonada… e ser esquecida”: percursos acerca das condições de vivência de travestis/trabalhadoras do sexo durante a pandemia da Covid-19.

Autores

DOI:

10.48074/aceno.v11i25.16305

Resumo

Neste artigo, dialogamos sobre a existência de uma necropolíticatrans e os impactos sociais da pandemia de Covid-19 em travestis/trabalhadoras do sexo na cidade de Barra do Garças - MT. Um breve relato histórico da construção de campo de pesquisa demonstram as condições das atividades de trabalho dessas trabalhadoras e, em seguida, discorremos sobre as identidades de gênero e transexualidades em seus contextos de transgressões. A partir disso, consideromos as vulnerabilidades potencializadas com a emergência da pandemia, na medida em que se mostram enlaçadas por estruturas de poder e iniquidades sociais que avançam nos processos de aniquilação de corpos que “não importam”.

Biografia do Autor

Luís Antonio Bitante Fernandes, Universidade Federal de Mato Grosso

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista - UNESP (1993), Mestrado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP (2005) e Doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP/FCL - Ar. (2011). Professor Associado II, na Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, cadastrado ao Programa de Pós Graduação em Sociologia - ICHS/UFMT/Cuiabá. Coordeno o Núcleo de Pesquisa Libertas, o grupo de pesquisa em Gênero, Identidade e Sexualidade – GIS e o Laboratório de Antropologia e Sociologia - LABAS; Membro da Rede de Frente: Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; Membro da Rede de Pesquisa, Ensino e Extensão em Educação nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil e na América Latina/RECONAL-Edu; No ensino atuo na área de Ciências Sociais, com ênfase em Sociologia e Antropologia e Metodologia da Pesquisa; na pesquisa atuo com os seguintes temas: gênero, identidades, sexualidades,decolonialidade, masculinidades, feminilidades e travestilidades, com intersecções no campo da saúde, educação, violência de gênero e direitos humanos; na extensão desenvolve ações envolvendo relação gênero, sexualidade e práticas educativas.

Carlos Eduardo Henning, Universidade Federal de Goias

Carlos Eduardo Henning é Professor Adjunto (Classe C, Nível 4) de Antropologia na Universidade Federal de Goiás (UFG). Nesta instituição atua no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e na Faculdade de Ciências Sociais (FCS). Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFG (2021-2022). Foi coordenador do curso de Licenciatura em Ciências Sociais na FCS/UFG (2016-2018). Foi também coordenador da área de Antropologia (equivalente a chefe de departamento) na FCS/UFG (2014-2016). Foi coordenador-geral do NEPEV - Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Envelhecimento da UFG (2021-2022). É pesquisador e atual coordenador do LEX - Laboratório de Experimentações Etnográficas e Marcadores Sociais das Diferenças, fundado em 2022. Integrou o Ser-Tão - Núcleo de Ensino, Extensão e Pesquisa em Gênero e Sexualidade da FCS/UFG (2014-2022). Desenvolveu períodos de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP (2014 e em 2018-2019) e no Institute of Latin American Studies da Columbia University in the City of New York (2019). Doutor em Antropologia Social pela UNICAMP (2014). Mestre em Antropologia Social pela UFSC (2008). Foi "visiting scholar" durante o estágio doutoral sanduíche na University of California Santa Cruz (2011-2012). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana, Antropologia das Relações de Gênero e Sexualidade, Antropologia do Curso da Vida e da Velhice. Suas pesquisas abordam temas como: gênero, sexualidade, homoerotismo, relações intergeracionais, envelhecimento, meia idade, velhice, sociabilidades, territorialidades, apropriações sociais do espaço e marcadores sociais das diferenças. Foi vice-coordenador do Comitê de Gênero e Sexualidade da ABA - Associação Brasileira de Antropologia (Gestão 2019-2020). Sua tese "Paizões, Tiozões, Tias e Cacuras: envelhecimento, meia idade, velhice e homoerotismo masculino na cidade de São Paulo" foi indicada pelo PPGAS/Unicamp ao prêmio ANPOCS de melhor tese em 2015. Seu artigo "Is Old Age Always Already Heterosexual and Cisgender? The LGBT Gerontology and the formation of the LGBT Elders" - publicado na Revista Vibrant em 2016 - recebeu menção honrosa no Prêmio Carlos Monsiváis (área de Ciências Sociais) da Seção de Sexualidades da LASA - Latin American Studies Association em 2017. Por fim, o livro "O Brilho das Velhices LGBTI+: vivências e narrativas de pessoas LGBT50+", publicado em 2021 pela Editora Hucitec, do qual foi um dos organizadores, venceu o prêmio POC Awards de 2021, por voto popular.

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Publicado

2024-09-02

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Seção

Artigos Livres