Narrando o rolê: encantamentos das festas de rua fazendo ferver a urbe
DOI:
10.48074/aceno.v10i24.15669Resumo
Imaginem um mundo dito apenas por meio de verbos e advérbios, sem
concessões a adjetivos e muito menos aos ensimesmados substantivos: realidade feita de
acontecimentos em relações de composição. Uma cidade constantemente (re)narrada
pelos corpos, gestos, cotidianos, edificações, ruas, relevos, clima, matérias e máquinas
em geral, que lhe arranjam enquanto potência acontecimental com suas possibilidades
de afetações e de ser afetada. Cada modulação narrativa que se agencia com esta trama
urbana compõe um encanto no qual coletivos emergem e imergem afirmando sentidos,
divisando certos acontecimentos do mundo, atribuindo-lhes valores, significados,
afetos, modulando possibilidades de agenciamento. Compor acontecimentos e (re)narrar
a urbe por meio da realização de festas nas ruas é uma estratégia contra-narrativa para
quebrar certos encantos e reencantar outros na qual apostamos. jean é o personagem que
corpografa as controvérsias das festas na composição do urbano afirmando a festa como
dispositivo clínico-político.
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