Iniquidades persistentes: o negro e a pandemia de covid-19 na Amazônia paraense

Autores

  • Pedro Luiz da Silva Junior pieroluizjr@gmail.com
    Universidade Federal do Pará
  • Luis Fernando Cardoso e Cardoso luiscardt@gmail.com
    Universidade Federal do Pará https://orcid.org/0000-0001-9384-1498
  • Michelle da Silva Santos michellesantosto@gmail.com
    Universidade Federal do Pará

DOI:

10.48074/aceno.v10i22.15446

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar como a pandemia de covid-19 afetou a população do estado do Pará, considerando a categoria raça/cor como marcador social para aferir as taxas de mortalidade e infecção. Metodologicamente, trata-se de um estudo transversal descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa. Os resultados da análise dos dados mostram que, de fevereiro de 2020 a dezembro de 2022, foram registrados 860 928 casos confirmados de covid-19. Os negros representam 61%, enquanto os brancos correspondem a 8,16%. Constatam-se ainda altos percentuais de não preenchimento da variável raça/cor. A contaminação por gênero revela que as mulheres foram mais acometidas que os homens e que mulheres negras obtiveram maiores taxas de notificações. Quanto às taxas de mortalidade e infecção, as pessoas negras possuem maiores taxas, em comparação com as brancas. Conclui-se que a pandemia de covid-19 evidenciou o quanto os negros, sobretudo as mulheres, têm suas existências diminuídas e negadas.

Palavras-chave: Racismo. Saúde da população negra. Covid-19.

Biografia do Autor

Pedro Luiz da Silva Junior, Universidade Federal do Pará

Sóciologo, bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará.

Luis Fernando Cardoso e Cardoso, Universidade Federal do Pará

Professor do Programa de pós-graduação em ciência política da Universidade Federal do Pará, pós-doutor em Antropologia pela University of St. Andrews, Scotland - UK, Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina, Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Pará e Graduado em Ciências Sociais pela Universidade da Amazônia.

Michelle da Silva Santos, Universidade Federal do Pará

Especialista em Saúde da Familia pela Universidade do Estado do Pará e Bacharel em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal do Pará

Downloads

Publicado

2023-12-31

Edição

Seção

Artigos Livres