Iniquidades persistentes: o negro e a pandemia de covid-19 na Amazônia paraense
DOI:
10.48074/aceno.v10i22.15446Resumo
O objetivo deste artigo é investigar como a pandemia de covid-19 afetou a população do estado do Pará, considerando a categoria raça/cor como marcador social para aferir as taxas de mortalidade e infecção. Metodologicamente, trata-se de um estudo transversal descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa. Os resultados da análise dos dados mostram que, de fevereiro de 2020 a dezembro de 2022, foram registrados 860 928 casos confirmados de covid-19. Os negros representam 61%, enquanto os brancos correspondem a 8,16%. Constatam-se ainda altos percentuais de não preenchimento da variável raça/cor. A contaminação por gênero revela que as mulheres foram mais acometidas que os homens e que mulheres negras obtiveram maiores taxas de notificações. Quanto às taxas de mortalidade e infecção, as pessoas negras possuem maiores taxas, em comparação com as brancas. Conclui-se que a pandemia de covid-19 evidenciou o quanto os negros, sobretudo as mulheres, têm suas existências diminuídas e negadas.
Palavras-chave: Racismo. Saúde da população negra. Covid-19.
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