Por uma corporalidade da escrita e do fazer etnográfico: a construção da subjetividade em terapias holísticas

Autores

  • Cristina Dias da Silva cristinabaltor@gmail.com
    UFJF

DOI:

10.48074/aceno.v10i24.15104

Resumo

a proposta deste trabalho é discutir um conjunto de experiências terapêuticas, realizado durante trabalho de campo na cidade de Lisboa, na qual a forma de coletar e interpretar os dados esteve intrinsecamente relacionada a mudanças no corpo/corporalidade da pesquisadora. As transformações do corpo físico/mental e o desenvolvimento de narrativas oníricas se entrelaçam à construção da noção de consciência corporal típica das terapias holísticas que se tornaram famosas no ocidente a partir das décadas de 1970 e 1980. O artigo argumenta que este conceito seria interessante para relacionar estados emocionais-intelectuais a estados físicos enquanto uma forma de linguagem articulada e explicitada em termos etnográficos. Assim, a noção de bem-estar e/ou bem-viver se apresenta, antes, como um conjunto de habilidades a serem apreendidas, experimentadas e exercitadas do que como mera predisposição de sujeitos “sensíveis”.

Biografia do Autor

Cristina Dias da Silva, UFJF

Departamento de Ciências Sociais. Antropóloga, especialista em antropologia da saúde e antropologia da política, bem como teoria antropológica, com ênfase nos temas: políticas de saúde, processos saúde-doença, saúde indígena, medicinas alternativas.

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Publicado

2024-02-10