Discursividades Nacionais, Processos de Musealização e Diversidade Sexual e de Gênero: a "excepcionalidade" na/da Costa Rica
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Resumo
O Museu Nacional da Costa Rica apresenta algo inusitado na última sala da exposição permanente sobre a história do país: painéis e imagens referentes aos direitos conquistados naquele país por pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, transgêneras e outras possibilidades dissidentes. Em busca por modos de denunciar os mecanismos, dispositivos, tecnologias, estratégias e símbolos que naturalizam o binarismo de gênero, o dimorfismo sexual e a heterossexualidade compulsória (e hierarquias raciais, opressões de classe, extremismos religiosos, etc), por meio dos museus nacionais, deparei-me, assim, na Costa Rica, com essa “exceção” em relação a outros museus nacionais, nos quais, geralmente, a narrativa nacional oficial musealizada tende a ocultar a diversidade sexual e de gênero em prol da heteronormatividade. Esboçarei aqui algumas reflexões sobre as relações entre a construção de ideologias nacionais, a musealização de patrimônios culturais e a crítica à heteronormatividade a partir de pesquisa realizada na Costa Rica entre 2021 e 2022.
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