Movimentos e transformações na paisagem: terra Indígena, territorialidade e território Kaingang no sul do Brasil

Autores

  • Alexandre Aquino antropoaquino@gmail.com
    UFRGS

DOI:

10.48074/aceno.v8i17.12311

Resumo

A análise das configurações do território atual kaingang demonstra que os dois últimos séculos tiveram conseqüências diversas para transformações na paisagem ancestral, inaugurando uma série de controvérsias em virtude do seu uso e ocupação tradicional, que se sustentam pela lógica do Grande Divisor. A etnografia permite perceber que este processo histórico é traduzido a partir da perspectiva xamânica do território, situando os diversos arranjos socioespaciais daí decorrentes em termos de sua cosmopolitica. Esta perspectiva articula a constituição do grupo local com formas de sociabilidade baseadas na reciprocidade, como vemos na importância atribuída às metades exogâmicas, de tal modo que se constitui como um ponto de vista privilegiado na relação com a alteridade, notadamente, quando interagem com as cidades e os poderes provenientes do mundo do branco.

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Publicado

2022-06-14

Edição

Seção

Dossiê Temático: Retomadas e re-existências indígenas, negras e quilombolas