Varinhas bordadas: narrativas de re-existência em Mosqueiro, uma ilha amazônica
DOI:
10.48074/aceno.v8i17.12256Resumo
Neste artigo, aprofundo a análise de narrativas de mulheres-bordadeiras ao recurso-modo que possuem nas mãos onde o conceito de re-existência e a relação afroindígena perfazem processos de luta política. Varinhas bordadas é o nome de um símbolo da cultura material ainda vivo na vida e memória das comunidades tradicionais da ilha de Mosqueiro, distrito de Belém-Pará. Foi um souvenir encantado, produzido em massa até 1975 quando, ao ser inaugurada a ponte que liga a ilha ao continente, cessaram os acessos por navio. As mudanças advindas com as ocupações causaram progressivas transformações que não extinguiram as raízes locais. O que à princípio poderia tratar-se de apenas tradição comercial, ganhou contornos mais antropológicos mediante saberes reafirmados diante da ameaça de extermínio das heranças de antepassados índios e negros.
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