“É lá que o pai enterrou nossos umbigos”: ontologia de território para a população da Comunidade Quilombola Aldeia (SC)
DOI:
10.48074/aceno.v8i17.12135Resumo
Neste trabalho, trato de explorar as concepções locais de território para a Comunidade Quilombola Aldeia - SC, onde muitas narrativas e cenas etnográficas me chamaram a atenção durante minha pesquisa de mestrado. Sabemos que essas populações enfrentam muitas dificuldades e que com o governo atual de Bolsonaro estão sendo ainda mais perseguidas e tendo seus direitos fundamentais ameaçados. Essas ações do atual governo têm a ver com um projeto que atende ao interesse do capital global nessas terras posicionando-se no que Escobar (2015) chamaria de ontologia moderna. De outro lado, temos as populações tradicionais que expressam uma relação com o território muito distinta, localizando-se no que o autor chamaria de ontologia relacional. Através das narrativas locais, exploro a complexa relação da população da Aldeia com o território, marcada pelos umbigos e tesouros enterrados, lembranças e afeto com a Lagoa de Ibiraquera e com os mais velhos que já se foram, mas seguem ali.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
As autoras ou autores cedem gratuita e automaticamente à Revista ACENO os direitos de reprodução e divulgação dos trabalhos publicados.