Transgeneridade e Santo Daime: as (im)possibilidades de uma busca espiritual Ayahuasqueira

Autores

  • Alana Pereira da Silva alanapereirasilva06@gmail.com
    Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

DOI:

10.48074/aceno.v8i16.11766

Resumo

Se, por um lado, preciso pensar em questões éticas e metodológicas no campo dos psicoativos, seguindo esta mesma linha de raciocínio, devo pensá-las para problematizar a importância e a urgência de pesquisas que trabalhem com abordagens em diversidades sexuais e de gênero no campo ayahuasqueiro. Uma problematização não exclui a outra, pelo contrário, complemetam-se. Imbuída de questionamentos a respeito das religiões ayahuasqueiras e questões de gênero, especificamente nas igrejas do Santo Daime, na cidade de Marabá (PA), na Amazônia Oriental, campo antropológico da minha pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Busco compreender as (im)possibilidades de participantes, fardantes (iniciantes)  e fardados (iniciados) transgêneros e transexuais nos rituais da “doutrina da floresta”, isto porque esta religião é marcada pela divisão de gênero, fundamentada por sua cosmologia sob viés argumentativo que é estruturado nos vários aspectos sociais e culturais do contexto histórico em que a doutrina foi fundada, tais como: as divisões de trabalhos durante os rituais de feitura da bebida sagrada e separação de gênero dentro da igreja. Essas problematizações me encaminham para reflexões a respeito do lugar de fala das pesquisadoras ayahuasqueiras, assim como para pensar o método da observação participante não como mera retórica, mas como expressão de uma posição ética na ciência que possibilite uma imersão etnográfica considerando o insigth antropológico.

Biografia do Autor

Alana Pereira da Silva, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Bacharela em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Marabá-PA. Atou como professora de Sociologia (voluntária) da Rede de Cursinhos Populares Emancipa - Zé Claudio e Maria, no período 2016-2018. Atuou como bolsista de Iniciação Científica no Projeto: As lutas dos atingidos pela usina hidrelétrica de Tucuruí - das primeiras mobilizações em contexto autoritário às condições de mobilização subsequentes à redemocratização do país, no período de 2017-2018 pelo PIBIC/UNIFESSPA - CNPq e 2017-2019 pela CAPES. Membra do Grupo de Estudo e Pesquisa em Mudanças Sociais no Sudeste Paraense 2017 - 2019. Membra do Núcleo de Estudos Xamanísticos na Amazônia - NEOXAMAM 2019 - 2021. Participa da rede Internacional de teatro da Oprimida Madalenas, do coletivo Madalenas Tuíra.

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Publicado

2021-11-26

Edição

Seção

Dossiê: Pesquisas com Abordagens em Diversidades Sexuais e de Gênero