Uma análise antropológica sobre a cosmologia da Comunidade quilombola de Lagoinha de Cima: entre santos, "arrumações" e seres não-humanos
DOI:
10.48074/aceno.v3i6.4331Resumo
O presente artigo é resultado de uma pesquisa etnográfica na comunidade quilombola Lagoinha de Cima, localizada em Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, onde buscou-se compreender a sua cosmologia tendo como referência as narrativizações sobre práticas de arrumação e benzeção, - entendidas como modos de intervenção mágica capazes de atingir os corpos humanos, vegetais e animais – assim como a agência dos santos e outro seres não-humanos. A noção de religião mostra-se limitada ao entendimento das experiências identificadas, pois as dimensões cosmológicas não se reduzem à institucionalidade do religioso. O potencial etnográfico desta pesquisa consiste tanto em descrever a ontologia subjacente à organização social quanto em elucidar os enquadres explicativos nativos sobre as transformações políticas e sociais vivenciadas por esta comunidade.
Palavras-chave: identidade étnica; cosmologia; quilombola; seres não-humanos
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