O olhar oposicional e a forma segregada: raça, gênero, sexualidade e corpo na cinematografia hollywoodiana e brasileira (1930-1950)

Autores

  • Luis Felipe Kojima Hirano lfhirano@gmail.com
    Universidade Federal de Goiás

DOI:

10.48074/aceno.v2i3.2646

Resumo

Esse artigo pretende discutir de que forma as relações raciais se internalizaram nas convenções adotadas pelos cinemas hollywoodiano e brasileiro durante a década de 1930 a 1950. Esse período é marcado pelo Código Hays, implementado em 1934, que tinha como uma de suas principais preocupações uma pedagogia de raça, gênero e sexualidade, proibindo, nos filmes, qualquer representação e/ou apologia da miscigenação. Tal código, que internalizava a segregação racial nos Estados Unidos na forma cinematográfica, definiu as convenções do cinema hollywoodiano, que foram traduzidos na forma dos filmes brasileiros do período.

Biografia do Autor

Luis Felipe Kojima Hirano, Universidade Federal de Goiás

Professor Adjunto (Classe A - Nível 1) de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais (FCS) da Universidade Federal de Goiás (UFG). É Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (2007) e Doutor em Antropologia Social pela mesma instituição. Tem experiência na área de Antropologia, com especialidade nos estudos sobre Teoria Antropológica, Antropologia Visual, Antropologia das Populações Afro-brasileiras e nos debates que envolvem a intersecção entre raça/etnia, gênero, corpo e sexualidade. Foi Fellow da Faculty of Arts and Sciences da Universidade de Harvard, com bolsa sanduíche da Capes (2011). É membro do Ser-Tão (UFG), Etnohistória e NUMAS (USP) e do GRAPPA (Grupo de Análises de Políticas e Poéticas Audiovisuais - UFRRJ). Além disso, coordena a Coleção Antropologia Hoje, do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo, juntamente com o diretor José Guilherme Cantor Magnani (USP) e os conselheiros Ronaldo de Almeida (Unicamp), Renata Menezes (MN) e Luiz Henrique de Toledo (UFSCAR). Apresentou trabalhos em congressos e universidades no exterior em 9 ocasiões. Em 2013, traduziu e publicou, em conjunto com Tatiana Lotierzo, a tradução ao português de "Fora de contexto", de Marilyn Strathern. Atualmente realiza a pesquisa intitulada Controvérsias em torno do corpo , que pretende articular os estudos dos marcadores sociais da diferença com o mapeamento de controvérsias.

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Publicado

2022-03-03

Edição

Seção

Dossiê Temático