Discursos, performatividades e padrões visuais no cinema: reflexões sobre as representações de gênero, o mercado cinematográfico e o cinema de mulheres

Autores

  • Paula Alves de Almeida paula@feminafest.com.br
    Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE
  • Paloma Coelho palomafcs@gmail.com
    Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG

DOI:

10.48074/aceno.v2i3.2529

Resumo

Este artigo propõe reflexões acerca das representações do gênero no cinema, e de como o aumento da presença de mulheres no mercado cinematográfico pode favorecer a inclusão de novos olhares, perspectivas e experiências nos filmes. A baixa participação feminina em funções-chave da produção cinematográfica dificulta a ruptura dos padrões visuais do cinema hegemônico, que reafirmam e perpetuam as desigualdades de gênero. Os dados apresentados apontam a importância da presença de mulheres na construção de novas linguagens, discursos e políticas no cinema.

Biografia do Autor

Paula Alves de Almeida, Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE

Doutoranda em População, Território e Estatísticas Públicas pela ENCE/IBGE. Mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais pela ENCE/IBGE. Bacharel em Cinema pela UFF. Pesquisadora do Grupo de Análises de Políticas e Poéticas Audiovisuais - GRAPPA. Realiza pesquisas nas áreas de demografia e antropologia, com ênfase nas temáticas gênero, corpo, sexualidade, família, cinema, cor e raça.

Paloma Coelho, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG

Doutoranda e Mestre em Ciências Sociais (PUC Minas), Especialista em História da Cultura e da Arte (UFMG). Membro do GRAPPA - Grupo de Análise de Políticas e Poéticas Audiovisuais e do GEPAC - Grupo de Estudos e Pesquisas em Antropologia e Cinema. Atualmente, realiza pesquisas nas áreas de sociologia e antropologia, com ênfase nas temáticas gênero, corpo, sexualidade, família e cinema.

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Publicado

2022-03-03

Edição

Seção

Dossiê Temático