O “progresso” e a “falta”: representações e relações Brasil-Paraguai no jornal O Globo durante a construção da Ponte da Amizade (1956-1965).

Autores

  • Paulo Renato da Silva
  • Waldson de Almeida Dias Júnior

DOI:

https://doi.org/10.22228/rtf.v12i2.934

Resumo

O objetivo do artigo é apresentar uma história cultural da Ponte da Amizade entre Brasil e Paraguai nos anos de sua construção (1956-1965), através do jornal O Globo. O jornal apresentou a Ponte à opinião pública brasileira como um sinal de “modernidade”, que traria “desenvolvimento” ao país e à fronteira, assim como ao Paraguai – representações bastante diferentes das que predominam atualmente sobre a Ponte. A Ponte consolidaria a engenharia brasileira e daria ao Brasil um papel de destaque na América Latina, em especial no Cone Sul. Contudo, não foi um processo isento de tensões. O “progresso”, como elemento que suprime o que “faltaria”, estabeleceu hierarquizações entre Brasil, Paraguai, Argentina e a fronteira do lado brasileiro. Outro foco de tensões era a memória da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870). A “amizade” entre Brasil e Paraguai e a luta contra o comunismo foram mobilizados para legitimar a aproximação entre os dois países e conter as tensões.

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Publicado

2019-12-30

Como Citar

da Silva, P. R., & Dias Júnior, W. de A. (2019). O “progresso” e a “falta”: representações e relações Brasil-Paraguai no jornal O Globo durante a construção da Ponte da Amizade (1956-1965). Revista Territórios E Fronteiras, 12(2). https://doi.org/10.22228/rtf.v12i2.934