Centralidade da Fronteira: Ensaio sobre a Origem e Evolução de Fronteiras Sócio-Espaciais
DOI:
https://doi.org/10.22228/rtf.v11i2.827Resumo
A produção de fronteiras sempre foi fundamental para a circulação e acumulação de capital. A perenidade da emergência de novas fronteiras não é apenas em razão da demanda por minerais, terras ou outros recursos, ou porque as fronteiras representam novas oportunidades de mercado, mas crucialmente porque a fronteira opera como compensação pela saturação das relações capitalistas existentes nas áreas centrais. Na fronteira, a sequência convencional de tempo e espaço é suspensa e reconfigurada, permitindo a descompressão de tensões e contradições. Consequentemente, as fronteiras espaciais funcionam como um espelho, onde as características mais básicas e explícitas do capitalismo estão vivamente expostas. Este artigo examina o significado e a imanência das fronteiras espaciais, considerando-os como um laboratório de agência histórica e geográfica. Isso implica em uma reflexão sobre a necessidade, a configuração e a contestação das fronteiras espaciais, prestando especial atenção à incorporação econômica e territorial da região Amazônica e às perspectivas de resistência política.Downloads
Publicado
2018-12-29
Como Citar
Ioris, A. A. R. (2018). Centralidade da Fronteira: Ensaio sobre a Origem e Evolução de Fronteiras Sócio-Espaciais. Revista Territórios E Fronteiras, 11(2), 23–41. https://doi.org/10.22228/rtf.v11i2.827
Edição
Seção
Dossiê Temático