Centralidade da Fronteira: Ensaio sobre a Origem e Evolução de Fronteiras Sócio-Espaciais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22228/rtf.v11i2.827

Resumo

A produção de fronteiras sempre foi fundamental para a circulação e acumulação de capital. A perenidade da emergência de novas fronteiras não é apenas em razão da demanda por minerais, terras ou outros recursos, ou porque as fronteiras representam novas oportunidades de mercado, mas crucialmente porque a fronteira opera como compensação pela saturação das relações capitalistas existentes nas áreas centrais. Na fronteira, a sequência convencional de tempo e espaço é suspensa e reconfigurada, permitindo a descompressão de tensões e contradições. Consequentemente, as fronteiras espaciais funcionam como um espelho, onde as características mais básicas e explícitas do capitalismo estão vivamente expostas. Este artigo examina o significado e a imanência das fronteiras espaciais, considerando-os como um laboratório de agência histórica e geográfica. Isso implica em uma reflexão sobre a necessidade, a configuração e a contestação das fronteiras espaciais, prestando especial atenção à incorporação econômica e territorial da região Amazônica e às perspectivas de resistência política.

Biografia do Autor

Antonio Augusto Rossotto Ioris, Cardiff University

My academic interests rest primarily in the political dimension of the interconnections and interdependencies between society and the rest of nature. Most of my current research is related to social and environmental justice, the multiple obstacles faced by marginalised groups and creative reactions at different geographical scales. The work is intended to have both academic and more-than-academic relevance and is focused on socionatural processes, on the political economy of development and environmental regulation, and on governance and politics.

Downloads

Publicado

2018-12-29

Como Citar

Ioris, A. A. R. (2018). Centralidade da Fronteira: Ensaio sobre a Origem e Evolução de Fronteiras Sócio-Espaciais. Revista Territórios E Fronteiras, 11(2), 23–41. https://doi.org/10.22228/rtf.v11i2.827