Salvaguardar as florestas régias

os oficiais periféricos e gestão dos recursos naturais no Portugal medieval

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22228/rtf.v16i2.1294

Palavras-chave:

Portugal, Floresta, Oficiais régios

Resumo

O presente artigo procura trazer uma nova compreensão acerca dos oficialatos régios que guardaram os espaços naturais do reino de Portugal. Identificamos e diferenciamos três grupos – monteiros, couteiros e guardadores – explorando-os desde a sua génese até finais do século XV. Temos como principal objetivo precisar quem eram os homens que protagonizaram e aplicaram as políticas régias sobre a exploração dos recursos naturais.

Referências

Fontes manuscritas

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. Fernando, L.º 1.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso V, L.º 12.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Leitura Nova, Extras.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Leitura Nova, Odiana L.º 4.

Fontes publicadas

Chancelarias Portuguesas: D. Duarte. v.1 t.2. DIAS, João J. Alves (Ed.). Lisboa: Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa, 1998.

Chancelarias Portuguesas: D. João I. v.3 t.3. DIAS, João J. Alves (Ed.). Lisboa: Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa, 2006.

História florestal, aquícola e cinegética: colectânea de documentos existentes no Arquivo Nacional da Torre do Tombo: chancelarias reais. v.1. NEVES, Carlos Baeta (Dir.). Lisboa: Ministério da Agricultura e Pescas Direcção-Geral do Ordenamento e Gestão Florestal, 1980.

História florestal, aquícola e cinegética: colectânea de documentos existentes no Arquivo Nacional da Torre do Tombo: chancelarias reais. v.2. NEVES, Carlos Baeta (Dir.). Lisboa: Ministério da Agricultura, Comércio e Pescas Direcção-Geral das Florestas, 1982.

Ordenações Afonsinas: Livro I. COSTA, Mário de Almeida; NUNES, Eduardo Borges (Eds.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1998.

Estudos

ABALO BUCETA, José María. Livro da Montaria de D. João I de Portugal (1415-1433). Tese (Doutorado em História) - Universidad de Valladolid. Valladolid, 2008.

CANABRAVA, José V. de Lucena. A Lei da Floresta: Poder e Política na Inglaterra Medieval (séculos XI-XIII). Tese (Mestrado em História) – Universidade de Brasília. Brasília, 2019.

CARRILHO, Aura; MARTINS, Maria Sequeira. Recursos Florestais no Portugal Medievo. Media Aetas. Revista de Estudos Medievais, Lisboa, II série, v. 1, p. 47-58, 2004-2005.

COELHO, Maria H. da Cruz; RILEY, Carlos Guilherme. Sobre a Caça Medieval. Estudos Medievais, Porto, n. 9, p. 221-267, 1988.

COELHO, Maria H. da Cruz. A Pesca Fluvial na Economia e Sociedade Medieval Portuguesa. Cadernos Históricos, Lagos, v. VI, p. 81-102, 1992.

COELHO, Maria H. Cruz; HOMEM, Armando L. Carvalho. Origines et évolution du registre de la chancellerie royale portugaise (XIIIe-XVe) siècles. Revista da Faculdade de Letras, Porto, n. 12, p. 47-54, 1995.

COELHO, Maria H. da Cruz. D. João I: o que re-colheu Boa Memória. Lisboa: Círculo de Leitores, 2011.

COSTA, Carlos Eurico da (Dir.). A Caça em Portugal. 2 vol. Lisboa: Editorial Estampa, 1988.

COX, John Charles. The Royal Forests of England. Londres: Methuen & Co., 1905.

DEVY-VARETA, Nicole. Para uma geografia histórica da floresta portuguesa: as matas medievais e a "coutada velha" do Rei”. Revista da Faculdade de Letras-Geografia, Porto, 1ª série, n. 1, p. 47-67, 1985.

DEVY-VARETA, Nicole. Para uma geografia histórica da floresta: do declínio das matas medievais à política florestal do Renascimento (XV-XVI). Revista da Faculdade de Letras-Geografia, Porto, 1ª série, n. 2, p. 5-37, 1986.

DEVY-VARETA, Nicole; ALVES, A. Monteiro. Os avanços e recuos da floresta em Portugal – da Idade Média ao Liberalismo. In: SILVA, Joaquim Sande (Coord.). Floresta e sociedade: uma história em comum. Lisboa: Público - Comunicação Social SA; Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, 2007, p. 55-75.

FARELO, Mário. Os recursos hídricos na paisagem medieval portuguesa através do estudo dos documentos da chancelaria régia (1208-1521). Media Aetas. Revista de Estudos Medievais, Lisboa, II série, n. 1, p. 59-70, 2004-2005.

GOMES, Saul António. A chancelaria régia de D. Dinis: breves observações diplomáticas. Fragmenta Histórica, Lisboa, n. 1, p. 10-16, 2013.

GOMES, Saul António. Leiria: Crescimento e Consolidação. In: GOMES, Saul António (Coord.). Forais de Leiria. Leiria: Textiverso, 2017.

LAKE-GIGUÈRE, Danny. Administrer les forêts du roi au Moyen Âge: le negotium forestarum en Normandie capétienne (1204-1328). Tese (Doutorado em História) - Université de Rouen Normandie; Université de Montréal. Rouen; Montréal, 2021.

NEVES, Carlos Baeta. Dos Monteiros-mores aos Engenheiros Silvicultores. Anais do Instituto Superior de Agronomia, Lisboa, n. 28, p. 19-72, 1965.

NEVES, Carlos Baeta. Alguns Documentos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo sobre Monteiros-mores, Caçadores-mores e Caçadores e Couteiros de perdizes. Anais do Instituto Superior de Agronomia, Lisboa, n. 28, p. 173-304, 1965.

NEVES, Carlos Baeta. Sobre a existência e extinção do urso em Portugal. Liga para a protecção da natureza, Lisboa, 1967.

NEVES, Carlos Baeta. Alguns dos Principais Aspectos da Política Florestal em Portugal até ao Século XVII. Boletim do Instituto dos Produtos Florestais, Lisboa, p. 1-6, 1980.

NEVES, Carlos Baeta. O Ensino Superior Florestal em Portugal: antecedentes históricos, origem e evolução até à atualidade. Anais do Instituto Superior de Agronomia, Lisboa, n. 41, p. 153-174, 1984.

SERRÃO, Joel (Dir.), Dicionário de História de Portugal. v. II. Porto: Livraria Figueirinhas, 1984.

TRÁPAGA MONCHET, Koldo; ROMERO-CALCERRADA, Raúl. Forest policies, administration, and management of the Leiria pinewood in Portugal (13th – 18tn centuries). Management & Organizational History, v. 17, n. 3-4, p. 138-165, 2022.

YOUNG, Charles R. The Royal Forests of Medieval England. Pennsylvania: University of Pennsylvania Press, 1979.

Downloads

Publicado

2023-12-10

Como Citar

Sousa, A. S. de. (2023). Salvaguardar as florestas régias: os oficiais periféricos e gestão dos recursos naturais no Portugal medieval. Revista Territórios E Fronteiras, 16(2), 23–36. https://doi.org/10.22228/rtf.v16i2.1294