A cultura política nas sociedades ibero-americanas
tradições autoritárias e os esforços de democratização no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.22228/rtf.v16i1.1250Palavras-chave:
Cultura política, autoritarismo, democratizaçãoResumo
Um dos desafios políticos do Brasil é a consolidação da sua democracia, que sofreu um novo ciclo de ameaças durante a crise do governo Dilma, principalmente após seu impeachment em 2016, ensejando as condições da eleição de um líder de extrema direita para presidente em 2018, quando tais ameaças atingiram o auge. Diante disso, neste artigo será analisado o processo de formação do autoritarismo, da emergência da democratização e os enfrentamentos entre essas duas concepções de cultura política na sociedade brasileira.Referências
ABRACHES, Sérgio et al. Democracia em risco? São Paulo: Cia das Letras, 2019.
ASSIES, Willem et al. Ciudadanía, cultura política y reforma del Estado em América Latina. In: América Latina Hoy-Revista de Ciencias Sociales, v. 32, p. 55-90, 2002.
ARENDT, Hannah. O que é política? 3ª ed. Tradução de Reinaldo Guarany. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. Disponível em: http://arquivos.eadadm.ufsc.br, Acesso em 4 maio 2021.
BICALHO. Maria Fernanda. As câmaras ultramarinas e o governo do Império. In: FRAGOSO, João et al. O antigo regime nos trópicos: a dinâmica imperial portuguesa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsiever, 2004.
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Cia das Letras, 1995.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18ª ed. São Paulo: Rideel, 2012.
CÂNDIDO, Antonio. Dialética da Malandragem. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, n. 8, p. 67-89, 1970.
CAPELATO, Maria Helena. Os arautos do liberalismo. São Paulo: Brasiliense, 1988.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
CARVALHO, José Murilo. Os bestializados. 3ª ed. São Paulo: Cia das Letras, 1996.
COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1985.
DELUMEAU, Jean, FARGE, Arlette e SPONVILLE, André Comte. A mais bela história da felicidade. Trad. Edgard de Assis Carvalho e Mariza Perassi Bosco. Rio de Janeiro: Difel, 2006.
DOLHNIKOFF, Miriam. O pacto imperial: origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo, 2005.
DOLHNIKOFF, Miriam. Introdução. In: SILVA, José Bonifácio de Andrada e. Projetos para o Brasil. São Paulo: Publifolha, 2000.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: a formação do patronato brasileiro. São Paulo: Publifolha, 2000.
FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1972.
FRAGOSO, João et al. O antigo regime nos trópicos: a dinâmica imperial portuguesa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. 34ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.
GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1978.
GOULART, José Alípio. Da palmatória ao patíbulo: castigos de escravos no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Conquista, 1971.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Visão do paraíso. São Paulo: Publifolha, 2000.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1997.
IANNI, Octavio. O colapso do populismo no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
PRADO Jr, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Publifolha, 2000
LARA, Silva Hunold. Campos da violência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto. 4ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
LENHARO, Alcir. A sacralização da política. Campinas: Papirus, 1986.
LEVITSKY, Steven e ZIBLATT, Daniel. Como as democracias morrem. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.
LIÑÁN, Aníbal Pérez. Instituciones, coaliciones e inestabilidad política: perspectivas teóricas sobre las crises presidenciales. In: América Latina Hoy-Revista de Ciencias Sociales, v. 49, p. 105-126, 2008.
LINS, Bruno J. Breves reflexões sobre segurança pública e permanências auoritarisa na Constituição de 1988. Revista Direito Brasileiro, v. 1, n. 1, p. 173-207, 2011.
LOSURDO, Domenico. Democracia ou bonapartismo. Trad. Luiz Sérgio Henriques. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2004.
MARENCO, André. Devagar se vai ao longe? A transição para a democracia no Brasil em perspectiva comparada. In: MELO, Carlos Ranulfo e SÁEZ, Manuel Alcântara (orgs.). A democracia brasileira: balanço e perspectivas para o século 21. Belo Horizonte: Ed. UFMG, p. 453-484, 2007.
MARSHALL, Thomas Humprey. Cidadania, Classe Social e Status. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967.
MATTA, Roberto da. Carnavais, malandros e heróis. 6 ª ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
MONDIN, Battista. Introdução à filosofia - Problemas, sistemas, autores, obras. São Paulo: Paulus, 1980.
MOORE Jr., Barrington. As origens sociais da ditadura e da democracia. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
O’DONNEL, Guillermo. Counterpoints: selected essas on autoritarianism and democratization. Notre Dame: University of Notre Dame Press, 1999.
PARRON, Tâmis. A política da escravidão no Império do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
PINHEIRO, Paulo Sérgio. A cidadania das classes populares, seus instrumentos de defesa e o processo constituinte. In: PINHEIRO, Paulo Sérgio et al. Constituinte e democracia no Brasil hoje. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.
PLATÃO. A república. 2ª ed. Trad. Ciro Mioranza. São Paulo: Escala, 2007.
REIS, Fábio Wanderley. Dilemas da democracia no Brasil. In: MELO, Carlos Ranulfo e SÁEZ, Manuel Alcântara (orgs.). A democracia brasileira: balanço e perspectivas para o século 21. Belo Horizonte: Ed. UFMG, p. 453-484, 2007.
SADER, Emir. Constituinte, democracia e poder. In: SADER, Emir et al. Constituinte e democracia no Brasil hoje. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.
SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Cidadania e justiça: a política social na ordem brasileira. 2ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Cia das Letras, 2019.
SILVA, Patrícia Bressan da. Da filosofia política clássica à moderna: prolusão, contribuição para qualquer teoria jurídica. Revista Jus Navigandi. Teresina, ano 8, n. 62, 2003. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/3719. Acesso em 4 maio 2021.
SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Getúlio a Castelo. 5ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
SOUZA, Maria do Carmo Campello de. Estado e partidos políticos no Brasil (1930-1964). São Paulo: Alfa-Ômega, 1983.
SOUZA, Iara Lis Carvalho. Pátria coroada: o Brasil como corpo político autônomo, 1780-1831. São Paulo: Unesp, 1998.
THEODORO, Janice. América barroca. São Paulo: Edusp/Nova Fronteira, 1992.
THÉLÈNE, Catherine Colliot. O conceito de política posta à prova pela mundialização. In: Revista de sociologia e política, Curitiba, n. 12, p. 7-20, 1999.
TOLEDO, Caio Navarro de. 1964: o golpe contra as reformas e a democracia. Revista Brasileira de História, v. 24, n. 47, p. 12-28, 2004.
VAINFAS, Ronaldo. Ideologia e escravidão: os letrados e a sociedade escravista colonial. Petrópoles: Vozes, 1986.
VARGAS, Carlos (org.). Cultura política e práticas de cultura. Lisboa: Fonte da palavra, 2012.
WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. 18ª ed. São Paulo: Cultrix, 2011.
WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.