“Minha comadre. Quero que minha afilhada se chame Luciana”: a trajetória da professora Luciana de Abreu e a luta pela emancipação feminina por meio da educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22228/rtf.v14i1.1089

Resumo

O objetivo do presente trabalho é entender, através de uma experiência individual, como as mulheres foram se inserindo em espaços masculinos, bem como de que modo conseguiram contornar os controles e restrições de gênero. A pesquisa ora apresentada investiga a trajetória da professora Luciana Maria de Abreu, nome de rua da cidade de Porto Alegre, enjeitada na roda dos expostos da Santa Casa de Misericórdia local e referência do feminismo oitocentista provincial. Nosso objetivo é perceber a maneira como determinadas mulheres serão tratadas nos espaços públicos urbanos, como se posicionam, suas estratégias, experiências sociais e inserções nos mundos do trabalho oitocentista, sem deixar de levar em conta os pertencimentos étnico-raciais e as localizações em redes sócio-familiares.

Biografia do Autor

Paulo Roberto Staudt Moreira, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Professor titular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Possui graduação em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, mestrado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1993), doutorado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001) e pós-doutoramento na Universidade Federal Fluminense. Exerceu o cargo de Coordenador do Programa de Pós-graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos de 2010 a 2014. Membro da Comissão de Avaliação Quadrienal de PPGHs - CAPES (2013/2016). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2 (2010/atual). Membro do Comitê de Ciências Humanas e Sociais da FAPERGS: Coordenador (2019-2021), membro (2017-2019), suplente (2015-2017). Na ANPUH - Associação Nacional de História - Núcleo RS - foi: Diretor-presidente (2016/2018), Vice-presidente (2002/2004 e 2014/2016), 2º Tesoureiro (2018/2020), Conselheiro (2000/2002), 1º Tesoureiro (1998/2000 e 1996/1998). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia e Império, atuando principalmente nos seguintes temas: História da escravidão e do negro; História social dos movimentos populares; Identidade étnica; História urbana no século XIX; Raízes e presença africana na América Latina; associativismo negro; saúde e doença; Patrimônio histórico documental; arquivos pessoais & coleções, lugares de memória.

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Publicado

2021-10-06

Como Citar

Moreira, P. R. S., & Vendrame, M. I. (2021). “Minha comadre. Quero que minha afilhada se chame Luciana”: a trajetória da professora Luciana de Abreu e a luta pela emancipação feminina por meio da educação. Revista Territórios E Fronteiras, 14(1), 08–39. https://doi.org/10.22228/rtf.v14i1.1089