Alucinação: suportar o dia-a-dia como aposta metodológica
DOI:
10.31560/2595-3206.2019.6.9958Resumo
Este texto parte de uma pesquisa de mestrado realizada através do Programa de Psicologia Institucional, da Universidade Federal do Espírito Santo, entre os anos de 2017 e 2019. A referida pesquisa buscou compor um trabalho, junto às crianças, sobre como estas aproveitam as brechas nos discursos e práticas que regulam corpos, gêneros e sexualidades. A pesquisa se deu na maior parte do tempo em duas praças públicas do município de Vitória, no Espírito Santo. Considerando as circunstâncias e condições do campo, as pesquisas com cotidianos se mostraram uma escolha interessante para trilhar o caminho metodológico no trabalho. A partir das considerações de Alves (2015), Certeau (2014), da música alucinação do compositor Belchior, dentre outros, entendemos que a praça, enquanto campo, convidava a pesquisadora a se colocar em posição de disposição aos diversos rumos que as brincadeiras, conversas e práticas da praça poderiam indicar para a pesquisa. Enquanto ocupava os espaços, a pesquisadora também se tornava praticante dos cotidianos, desse modo, as implicações com o campo apareceram durante todo o trabalho. O percurso apresentado no texto não busca ser tomado como um manual, mas como contribuição para caminhos metodológicos comprometidos com as experiências dos praticantes de cotidianos.Downloads
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