Movimentos sociais e militância como estratégia de enfrentamento performática
DOI:
10.31560/2595-3206.2019.6.9948Resumo
A comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer e outras identidades é o foco deste artigo por conta das formas que tem construído para lidar com violações de direitos ligados aos gêneros e as orientações sexuais em espaços sanitários, educacionais e políticos. Buscou-se compreender as estratégias de enfrentamento em relação a essas violências por uma lente pósestruturalista, entendendo-as como performatividades. Dessa forma, o objetivo desse artigo é identificar e analisar as estratégias de enfrentamento contra violências motivadas por preconceitos em face de gêneros e/ou orientações sexuais, com foco no agir militante e nos movimentos sociais. Pesquisa qualitativa, realizada através de entrevistas com roteiro semiestruturado com nove pessoas não cisheterossexuais. O grupo foi formado através da técnica Bola de Neve, tendo os movimentos sociais como informantes-chave na cadeia de contatos. As narrativas foram analisadas por meio de Análise do Discurso Crítica, ligada à Teoria Social do Discurso, juntamente com o auxílio do software KitConc versão 4.0. De acordo com as participantes dessa pesquisa, a militância é construída quase como de forma deôntica, pois auxilia na busca por uma vida boa em meio a vida ruim. Seja pela conversa com um amigo ou com o pai dele, o diálogo firma-se como o cerne militante de pessoas LGBTQ+. Aparece ainda a automilitância como a resistência de si, da incapacidade de despossuir-se, da ilusória autossuficiência do ser humano.
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