Encontros Marcados: Sobre narrativas, políticas de aliança e saúde mental LGBTI+
DOI:
10.31560/2595-3206.2019.5.9932Resumo
Neste artigo apresentamos o tema da saúde mental da população LGBTI+ para além das formalidades estatais. Abordamos as narrativas de histórias de vida estabelecidas nos encontros entre essas pessoas, viabilizados por coletivos LGBTI+ desde grupos de ativistas, de amigos, ou mesmo situações sociais como festas e encontros inesperados. Perguntamo-nos como esses espaços-momentos podem viabilizar a circulação das narrativas LGBTI+, a elaboração de memórias, e a própria constituição subjetiva dos sujeitos através do compartilhamento de experiências singulares e que, ao mesmo tempo, carregam ou performam rastros de comum. Estendemos a reflexão para como isso pode contribuir na tecitura de uma rede de cuidado mais ampla, que ativamente promova estratégias, alianças e condições mais vivíveis, constituindo-se como formas de acolhimento, atenção, cuidado e proteção que promovem e fortalecem a saúde mental. Reconhecemos a importância de seguirmos na luta pela garantia de políticas, mas apostamos que não basta apenas buscarmos a garantia de saúde através do poder público, sendo importante pensar formas outras de proporcionar espaços de encontros que criem, ou ajudem a criar, as condições de (sobre)vivência menos vulnerabilizadas pelas opressões cotidianas, bem como estratégias de enfrentamento das realidades opressivas. Diante da atual realidade política precisamos (re)considerar nossas lutas e práticas, buscando meios de fazer com que nossas vidas sejam mais vivíveis, compreendendo o cuidado mútuo para a abertura às multiplicidades das vidas e narrativas que perseveram. Atentamos para a construção de redes interseccionais de alianças, entendendo que diversos marcadores de diferença são convocados nessa luta pelo direito à liberdade de sermos plurais.Downloads
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