O Fervo, a Diversidade Sexual e de Gênero e a Pedagogia da Prevenção
DOI:
10.31560/2595-3206.2018.4.9204Resumo
Este artigo apresenta um diálogo entre a pesquisa em HIV/AIDS e o campo teórico-político da diversidade sexual e de gênero. Utilizo como elemento para tal reflexão o estudo etnográfico realizado para a conclusão do Bacharel em Estudos de Gênero e Diversidade denominado “Em Defesa do Fervo: visões etnográficas sobre o surgimento da produção de cuidados no contexto de festas urbanas em Salvador-Bahia Brasil”. Essa contribuição é relevante para a recomposição de estudos e lutas LGBTI+ no país e para o campo histórico que construiu os estudos e respostas à epidemia de AIDS no final dos anos 80 e início dos anos 90 (especialmente sua potente corrente comunitária). No entanto, acredito que essa reaproximação deve ocorrer com a atualização dos nossos olhos e o reconhecimento de novas formas de organização política e protesto social. Eu defendo o fervo como um contexto privilegiado para isso, porque é realizado por jovens, negros, mulheres e pessoas LGBT da periferia. O grupo de coletivos que organiza partidos urbanos politicamente engajados (que eu chamo de Fervo), hoje nos mostra um potencial organizacional e emergente (no sentido de urgência e emergência) de zelador. Argumentamos que seu reconhecimento (deles) pode ajudar no processo de reflexão e oxigenação de nossas estratégias no movimento LGBTI+ no Brasil. Na mesma linha, eles também podem fortalecer o que foi apontado nas recentes produções da ABIA, e seu CEO Richard Parker, sobre a chamada “pedagogia da prevenção” – um novo paradigma social proposto pela entidade para organizar a resposta à epidemia. Propomos aqui a abertura de algumas reflexões envolvendo a ebulição, a diversidade sexual e de gênero e a pedagogia da prevenção.
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