Gênero e masculinidades no pole dance: uma revisão integrativa da literatura
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Resumo
O objetivo do artigo foi apresentar e discutir através dos pressupostos da Revisão Integrativa da Literatura, a produção acadêmica sobre as masculinidades no Pole Dance. A partir da busca sistematizada em sete indexadores, foram encontrados 7 estudos dentro do tema e foram apresentados em 3 categorias temáticas de análise. Os resultados indicam uma lacuna na literatura brasileira sobre as masculinidades no Pole Dance, uma vez que os estudos se concentram fora do país, principalmente na República Tcheca e Inglaterra. A inserção masculina na prática se dá principalmente pelas companheiras afetivas e amigas. O apoio da família é um fator importante para a permanência desses homens no Pole Dance. Alguns homens reforçam ideias cisheterocentradas ao se distanciar das representações de feminilidades incorporando aspectos da cultura masculina para significar suas performances, mesmo que praticar o Pole Dance signifique afastar-se desses ideais. Contudo, ao acionar as representações de masculinidades alguns Poledancers as tensionam, questionando-as a partir de detalhes subjetivos nas performances. A utilização desses elementos pode ser entendida como uma estratégia para dar o signo de esporte ao Pole Dance, isso contribui para o afastamento de suas raízes com o striptease e educa o público para um novo Pole Dance. A experiência masculina no Pole Dance é caracterizada por uma tensão entre a busca por autoexpressão e as expectativas sociais que questionam suas masculinidades. Essa vivência permite que eles desafiem representações de gênero tradicionais, ao mesmo tempo em que vivenciam a complexidade de suas experiências individuais com a prática. Assim, o Pole Dance se torna um meio de resistência e ressignificação das masculinidades contemporâneas.
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