“Todas sabemos”
reflexões sobre o silenciamento em práticas de assédio sexual
DOI:
https://doi.org/10.29327/2410051.7.22-111Resumo
Em meio ao ápice do movimento #MeToo, uma série de pixações nas paredes da Universidade de Coimbra chamou a atenção para os casos de assédio cometidos por Boaventura de Sousa Santos, resultando na publicação de “As paredes falaram quando ninguém mais poderia falar: notas autoetnográficas sobre o controle do poder sexual na academia de vanguarda" (2023). Texto que denunciou e segue levantando questionamentos sobre as estruturas de poder dentro das universidades. Meu objetivo aqui foi analisar o maquinário que sustenta o silenciamento de mulheres vítimas de violência sexual e de gênero no ambiente educacional. Para isso, apresento uma revisão literária dos casos denunciados pelas autoras, recorrendo ao conceito de injustiça hermenêutica para pensar o papel de agentes do conhecimento maliciosos na manutenção da subalternização das mulheres. Dessa forma, concluo que os encobrimentos institucionais de casos envolvendo professores-estrela são fundamentados pela alegação de desinformação ou ignorância por parte daqueles que são reconhecidos como autoridades acadêmicas. Além disso, defendo que a agência maliciosa dos professores-estrela, combinada com uma ignorância deliberada, causa prejuízos sistemáticos às pessoas em situação de vulnerabilidade.
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