Melancolia de gênero e subversões drag

Um ensaio sobre a série Pose a partir da teoria queer de Judith Butler

Autores

  • Danielle Brasiliense dabrasiliense@gmail.com
    UFF/UFRJ
  • Mariana Pombo marifpombo@gmail.com
    UFRRJ

Resumo

Neste ensaio, propomos analisar a potência subversiva das práticas drag na série Pose, que retrata a ascensão dos bailes (ballrooms) nos anos 1980 e 1990 nos Estados Unidos, organizados pelas comunidades e casas (houses) que abrigavam pessoas LGBTs marginalizadas, incluindo as drags queens. Para isso, partiremos da teoria queer de Judith Butler, sobretudo do seu conceito de melancolia de gênero, proposto em interlocução com as teorias de Freud e Lacan. Em primeiro lugar, exploraremos a potência das performances drag em contestar a heteronormatividade e em denunciar que certas identificações e formas de amar foram excluídas da esfera tida como inteligível do sistema de sexo e de gênero hegemônico. Em segundo, analisaremos como a experiência de viver nas houses pode ser interpretada como abertura a reformulações coletivas do sistema de parentesco, na medida em que essas casas ressignificam o modelo de família baseado na norma cis-heteropatriarcal.

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Publicado

2024-09-26

Como Citar

Brasiliense, D., & Pombo, M. (2024). Melancolia de gênero e subversões drag: Um ensaio sobre a série Pose a partir da teoria queer de Judith Butler. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 7(22). Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/17311