Do empresário de si à carnavalização na prostituição entre homens
DOI:
https://doi.org/10.29327/2410051.8.23-28Resumo
A prostituição faz questionar sobre as formas de restrição e agência social, especialmente quanto coloca-se em pauta o neoliberalismo e os perigos da redução do existir à racionalidade econômica. Quando se discute a prostituição exercida por homens, especificamente, evidenciam-se singularidades e ambiguidades. Enquanto o sujeito é cotidianamente incitado a estratégias laborais de maior performance, também participa de certos deslocamentos das prescrições tradicionais de trabalho, gênero e sexualidade. Tendo em pauta esse campo socialmente poroso, o presente estudo, derivado de um percurso cartográfico, discute as narrativas de dois trabalhadores sexuais sobre suas experiências na prostituição. Se agenciando no mercado, eles transitam entre formas de empresariado de si e certa carnavalização dos seus fazeres (o que mostra a coexistência, na prostituição entre homens, do neoliberalismo e da suspensão conjuntural de normativas de gênero e sexualidade). Suas experiências indicam diferentes posições no trabalho sexual, envolvendo o uso estratégico e mercadológico de características e habilidades para compensações variadas (financeiras, hedonísticas, afetivas), assim como a construção de redes de cuidado e proteção. Com base nas narrativas, argumenta-se que representações estereotipadas sobre o exercício da prostituição entre homens obstaculiza a análise das novas configurações entre trabalho sexual, gênero e sexualidade.
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