Questões de gêneros e sexualidades na reforma do Ensino Médio:
investigando desdobramentos para o ensino de Biologia
DOI:
10.29327/2410051.7.22-65Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir como a reforma do Ensino Médio tem se desdobrado no trabalho pedagógico com as questões relacionadas aos gêneros e às sexualidades no ensino de Biologia. Para isso, investiga de modo qualitativo os currículos mineiros, reunindo indícios relacionados às prescrições presentes em documentos oficiais e pensando implicações para a prática docente a partir das narrativas de dois professores da rede pública estadual. Sob o ponto de vista teórico, o trabalho se estrutura a partir de autoras e autores do campo do Currículo e da Educação em Ciências que possibilitam a construções de reflexões envolvendo o lugar e a potência das discussões relacionadas às diversidades sexuais e de gênero na disciplina escolar Biologia. Metodologicamente, foram pesquisadas informações e diretrizes existentes no Currículo Referência de Minas Gerais, nos planos de curso para a 1ª e 2ª série do Ensino Médio e no catálogo de disciplina eletivas elaborados pela Secretaria Estadual de Educação. Ademais, narrativas de professores de Biologia de escolas públicas mineiras produzidas por meio de entrevistas também serviram de substrato metodológico. A investigação aponta para movimentos que silenciam e apagam as questões de gêneros e sexualidades das prescrições curriculares, mesmo que haja trechos nos documentos oficias que sinalizem a importância e o valor dessas temáticas para a formação das juventudes. Por outro lado, os docentes entrevistados evidenciam um compromisso social, ético e político com esses debates ao reforçar seu incômodo com o panorama vigente e ao partilhar que têm planejado ações educacionais que ajudam essas questões a emergirem nos cotidianos escolares. Conclui-se que as políticas curriculares mineiras convergem com as de âmbito federal nesse tocante, mas que brechas estão sendo criadas pela docência para que a escola pública siga sendo um espaço democrático, acolhedor e inclusivo para todas as pessoas, inclusive nas aulas de Biologia.
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