“DEDO NO CU E GRITARIA”:
uma análise sobre o Cu a partir das pautas conservadoras no Brasil
DOI:
10.29327/2410051.7.22-75Resumo
Na medida em que a extrema direita e as pautas conservadoras ganham forças, o moralismo e o “falso moralismo” tomam forma, avançam e impõe suas agendas políticas e sociais, principalmente no que se refere a frear as conquistas no âmbito dos direitos reprodutivos e sexuais. Diante disso, todo debate sobre gênero e sexualidade é visto sob o ponto de vista da demonização e do mal, que visa desestabilizar a estrutura tradicional da familia heterossexual patriarcal. Não diferente, o cu também é visto como um órgão abjeto, obscuro, inominável e intocável, sendo mobilizado em/como ridicularização política por diversos atores políticos (não se restringindo mais à esfera privada). Diante desse contexto, este trabalho busca investigar como a temática de gênero e sexualidade, especificamente do cu, tem sido mobilizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, para legitimar e assegurar a família heterossexual patriarcal. Nesse caso, analisamos um post feito pelo Jair Bolsonaro no Twitter, no qual comenta um episódio que ocorreu em um Bloco de Carnaval, no ano de 2019, em que um homem insere o dedo no cu. Dessa forma, para dar sustentação a discussão aqui tecida, seguiremos os pressupostos da pesquisa bibliográfica, que se dá mediante à revisão e leitura da literatura específica sobre o assunto (Gil, 2008), ou seja, através dos aportes teóricos de Preciado (2009; 2017 e 2018) e Pelúcio (2016) sobre o cu e o de Almeida (2017) sobre conservadorismo, pretendemos trazer à tona a (re)emergência da extrema-direita no debate político e sua reação reacionária às políticas identitárias e distributivas. Ademais, utilizaremos a análise de conteúdo por se tratar uma técnica de tratamento das informações contidas nas mensagens (Bardin, 2009), de modo a desdobrar o post feito por Bolsonaro e suas prováveis intenções.
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