Sexualidade, Movimentos de Educação Contemporânea e Educação Física:

que educação queremos?

Autores

Resumo

Atualmente, alguns movimentos de educação em nível nacional têm sido formados para abordar, em particular, questões associadas à educação moral, sexual e de identidade de gênero. Partimos do pressuposto de que a educação física escolar é um componente curricular que trata do corpo e de suas práticas culturais. Assim, está ligada à cultura, à saúde e ao lazer. Possibilitando, aproximações e debates sobre gênero e sexualidade que perpassam este campo do conhecimento. O objetivo deste artigo é analisar dois discursos de movimentos educacionais contemporâneos (Escola sem Partido e Time for Inclusive Education) com foco nos discursos sobre questões LGBTQIAP+ no currículo escolar, buscando compreender as implicações para a educação física. Utilizamos os Estudos Culturais como base teórica e metodológica. Para nosso estudo, buscamos evidências das culturas dos dois movimentos analisados primeiro nos sites oficiais, depois em notícias de jornais e sites governamentais e textos acadêmicos sobre os movimentos. Também analisamos o currículo nacional de cada país. Os movimentos analisados aqui apontam a importância da escola na sociedade contemporânea como lócus de discussões e ações sobre questões LGBTQIAP+ e atuam especialmente no currículo e na formação e atuação dos professores.

Biografia do Autor

Christiane Garcia Macedo, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Goiás (2007), mestrado e doutorado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012 e 2017). É Diretora Nacional dos Grupos de Trabalho Temático do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, gestão 2019/2021 e 2021/2023. Coordena, juntamente com Silvana Goellner, o Projeto Garimpando Memórias. É líder do GEEPRACOR - Grupo de Estudos sobre Educação e Práticas Corporais, junto a Álvaro Millen Neto. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Vale do São Francisco, sendo docente do Colegiado de Educação Física, e do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PPGEF) (atuando na Linha de Aspectos Socioculturais e Pedagógicos da Educação Física) , Vice-coordenadora do PPGEF - UNIVASF, Coordenadora do PIBID - UNIVASF - Educação Física. Atua principalmente nos seguintes temas: história, educação física, memória, gênero, sexualidade e centros de memória.

Bruno de Oliveira e Silva, Prefeitura Municipal de Petrolina

Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Especialização em Atividade Física, Saúde e Educação pela mesma instituição. Mestrado em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde (Associação ampla UFRGS/FURG/UFSM) - Área de Concentração de Ensino pela Universidade Federal de Rio Grande (FURG). Doutorado em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Atua principalmente com os temas: Educação Física Escolar; Currículo; Saber e Poder. Na trajetória profissional, foi professor da Secretária Municipal de Educação de Goiânia (SME), entre 2007 e 2014, do curso de Educação Física da FURG, nas disciplinas: Estágio Supervisionado I e II; Pedagogias da Educação Física I, II e III; Musculação, entre 2014 e 2015. E desde de 2021 é professor na Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes (SEDUC) de Petrolina/PE. Integra o Laboratório de Estudos em Educação Física (LESEF/UFES) e compõe o Comitê Científico do GTT Escola do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE).

Felipe Quintão de Almeida, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduação em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2007). Doutorado em Educação pela mesma instituição (2009). Tem experiência na área de Educação e Educação Física, com ênfase em: educação física escolar e epistemologia da educação física. Entre 2010 e 2018, foi editor adjunto da Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE) e do Cadernos de Formação RBCE . Foi Secretário Estadual do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte no Espírito Santo (gestão 2010-2012). Atuou como vice-secretário entre 2012-2014. Foi Coordenador adjunto do Grupo de Trabalho Temático Epistemologia, do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, na gestão 2011-2013 e 2017-2019. Foi coordenador do Grupo de Trabalho Temático Epistemologia do referido Colégio (2019-2021). Foi Diretor Científico do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (2013-2017). Pós-doutorado na Universidade de Strathclyde, em Glasgow/Escócia (2018-2019). Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito-Santo (2020-2024). Professor do Mestrado Profissional em Educação Física em Rede Nacional (PROEF).

David Kirk, University Of Strathclyde

Atualmente Professor de Educação e ex-Diretor da Escola de Educação (2014-17) da Universidade de Strathclyde. Pesquisador educacional com interesses de ensino e pesquisa em inovação educacional, história curricular e educação física e pedagogia do esporte. Editor fundador da revista Physical Education and Sport Pedagogy (Routledge) e editor do Routledge Studies in Physical Education and Youth Sport. Ocupou cargos acadêmicos anteriormente em universidades na Inglaterra, Austrália, Irlanda e Bélgica e atualmente é Professor Honorário de Estudos do Movimento Humano na Universidade de Queensland. Livro mais recente: Precarity, Critical Pedagogy and Physical Education, foi publicado pela Routledge em 2020. Livro mais recente em coautoria com a Dra. Kimberly Oliver, Girls, Gender and Physical Education: An Activist Perspective, foi publicado pela Routledge em agosto de 2015. 

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Publicado

2024-03-18

Como Citar

Macedo, C. G., de Oliveira e Silva, B. ., Quintão de Almeida, F., & Kirk, D. (2024). Sexualidade, Movimentos de Educação Contemporânea e Educação Física: : que educação queremos?. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 7(22). Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15978

Edição

Seção

DOSSIÊ TEMÁTICO: Conservadorismos e as questões de gêneros e sexualidades