Para quando um quarto só seu?
Quando a pornografia lésbica mainstream é um produto audiovisual heteropatriarcal
DOI:
10.29327/2410051.7.22-45Resumo
Atualmente, as pesquisas sobre o consumo de pornografia por adolescentes estão em pleno andamento, porém, pouco se fala sobre as referências sexuais que a geração millennial recebe por meio da pornografia. Dentro dessa coorte demográfica, as menos estudadas são as pessoas do coletivo LGTBI+ e, dentre as letras, a L (lésbica) é a menos investigada e representada, sendo, portanto, o perfil demográfico da presente investigação. Por meio de um projeto exploratório e com teorias da análise audiovisual convencional relacionadas à representação e ao olhar, como Mulvey (1988), De Lauretis (1992), Zurian e Herrero (2004), Berger (2012) ou Colazzi (2014) este O objetivo deste O trabalho é, por um lado, rever os principais conteúdos audiovisuais a que as lésbicas milenares tiveram acesso na fase do seu despertar sexual e, por outro, analisar os vídeos lésbicos mais vistos na plataforma PornHub para perceber o que está disponível para eles em sua maturidade sexual dentro do mainstream. Os resultados mostram uma presença masculina evidente nesses vídeos de duas formas: ou diretamente explícita na forma de personagens, ou implicitamente como o público masculino é o principal destinatário desses conteúdos, deixando assim a comunidade lésbica sem um espaço próprio para o seu prazer específico.
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