As marcas da punição
Percepções do feminino em Entrevista com o Vampiro (1994)
DOI:
10.31560/2595-3206.2023.19.15383Resumo
O presente artigo versa sobre posicionamentos, desenvolvimentos e interpretações envolvendo personagens femininas no filme Entrevista com o Vampiro (1994). O objetivo é discutir de que formas esses sujeitos são trabalhados na história, e como elas são imersas em cenários de violência, punição e sacrifício. No processo metodológico, a investigação se voltou para a Análise de Conteúdo segundo Laurence Bardin (2011) e, mediante as categorias Pecado e Sacrifício, pensou-se nos entrelaçamentos presentes na pesquisa, os quais se alicerçam em associações entre feminino, corpo e pecaminosidade, e no sacrifício como movimento de punição para as personagens. Para a construção da fundamentação, contou-se com os argumentos dos autores Julia Kristeva (1982), Jean Delumeau (1989), René Girard (1990) e Michele Perrot (2005, 2007). Enquanto resultado, percebeu-se que no decorrer da narrativa, as personagens são tomadas como corpos a serem desejados e violentados, no intuito ressaltar a punição pelo pecado de se identificar com o feminino. Nesse caso, entendeu-se que as mulheres são interpretadas no enredo como sujeitos irremediavelmente vinculados com a pecaminosidade, externando uma fatalidade contagiosa que levaria todos para a ruína – incluindo seus algozes, os monstros.
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