Mal Necessário
A androginia animal de Ney Matogrosso
DOI:
10.31560/2595-3206.2023.19.15381Resumo
O artista Ney Matogrosso integrou um dos maiores grupos musicais brasileiros, o Secos & Molhados, e a sua carreira solo foi – e continua sendo – tão intensa quanto, mas muito mais longeva. De 1975 a 1978, Ney compôs quatro álbuns que marcaram a consolidação de sua carreira e desvinculação da imagem da banda. Nesse período, Ney construiu para si não uma, mas diversas personas inspiradas em sujeitos marginalizados da sociedade: o bandido, o bandoleiro e o cigano. Indo além, explorou formas de superar o elemento humano em suas performances: fez o pré-histórico neandertal, o pássaro, identificou-se com os elementos da natureza e com a própria ideia de pecado. Um elemento que trouxe das experimentações com o Secos & Molhados e permaneceu em sua carreira foi a androginia. Entretanto, não mantinha caracterizações fixas nem tentou estabelecer-se em um único gênero musical, criando para si uma “não-tendência”, conforme nomeou a imprensa da época. Portanto, pretendemos explorar os elementos simbólicos que permearam a experiência artística de Ney Matogrosso em seus quatro primeiros discos em carreira solo, ou seja, Água do Céu-Pássaro (1975), Bandido (1976), Pecado (1977) e Feitiço (1978). Em diálogo com as canções, descrevemos as imagens e apresentamos algumas propostas interpretativas dos signos e símbolos que se observam, combinando elementos da iconografia e iconologia, a imaginação sociológica e os estudos sobre androginia.
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