O cuidado à população trans para profissionais da Atenção Primária à Saúde

Autores

  • Victória Maria Pinto Cordeiro vickiettoria@gmail.com
    Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba
  • Luciana Elisabete Savaris lucianaesavaris@gmail.com
    Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba/Universidade Federal do Paraná

Resumo

No Brasil, a população trans ocupa um lugar de invisibilidade e marginalização, apresentando dificuldade no acesso a direitos fundamentais e pleno exercício cívico. Este trabalho objetivou investigar se as equipes de Atenção Primária à Saúde apresentam estratégias de cuidado voltadas a essas/es usuárias/os. Tratou-se de um estudo de natureza qualitativa, com objetivos descritivo-exploratórios e delineamento transversal. A pesquisa foi realizada em três Unidades Básicas de Saúde do Programa Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Curitiba através de entrevista semiestruturada individual contendo questões disparadoras. A análise dos dados obtidos se deu através da Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Os resultados apontaram para um escasso ou inexistente conhecimento a respeito da Política de Saúde Integral LGBT, bem como a ausência de estratégias de cuidado específicas desenvolvidas pelas equipes em prol dessa população. Por fim, verificou-se a predominância de informações de senso comum ou oriundas do discurso biomédico, de modo a reproduzir uma visão estigmatizada e patologizante com relação à experiência trans enquanto representação social para esses profissionais.

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Publicado

2023-09-01

Como Citar

Pinto Cordeiro, V. M., & Savaris, L. E. (2023). O cuidado à população trans para profissionais da Atenção Primária à Saúde . Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 6(20), 377–392. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15043

Edição

Seção

Artigos de Tema Livre