Os impactos psicológicos em pessoas que vivenciaram o processo de cura gay
DOI:
10.31560/2595-3206.2022.18.14659Resumo
O presente artigo tem por objetivo levantar quais são os impactos psicológicos que a terapia de conversão sexual, mais conhecida como “cura gay”, pode ter sobre pessoas LGBTQIA+ que vivenciaram este processo. Mesmo sendo uma prática proibida pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), sabe-se que este tipo de terapia ainda acontece no Brasil, seja ela realizada por profissionais da psicologia ou não. Refletimos sobre como a heteronormatividade está presente não só em nossa sociedade de maneira expressiva, mas também no congresso nacional brasileiro, que se torna cada vez mais um espaço predominantemente “conservador”. Justamente por este caráter conservador, constantes são os ataques à resolução 01/99 do CFP que proíbe as psicólogas e psicólogos brasileiros de realizarem a terapia de conversão sexual. Devemos sempre nos lembrar de que estes ataques heteroterroristas ganham espaço na política justamente pela característica conservadora da sociedade, que acaba por eleger representantes abertamente preconceituosos e que trabalham na contramão da garantia de direitos para a população LGBTQIA+. Para operacionalizar nossa pesquisa da melhor forma, foram realizadas entrevistas com duas participantes que passaram pela prática de terapia de conversão sexual e foram levantados quais os impactos que tal prática teve sobre a vida destas participantes. Para tanto, foi realizada análise crítica destas entrevistas com base na literatura existente sobre o tema. Por fim, refletiu-se sobre a importância da psicologia que, para além de oferecer uma escuta acolhedora e desprovida de qualquer tipo de preconceito ou julgamento, deve se manter como uma área ativa em proporcionar e promover debates críticos e políticos sobre os temas “Gênero e sexualidade”.
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