Percepção de jovens LGBT sobre violência em relacionamentos íntimos
DOI:
10.31560/2595-3206.2022.17.14347Resumo
A violência entre parceiros íntimos (VPI) tem em sua raiz a desigualdade de gênero e pode ter como consequências desde o isolamento social até suicídios e homicídios. Ela ocorre também em casais não heterossexuais (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais – LGBT. Pouco se conhece sobre VPI entre jovens LGBTs. O objetivo deste estudo foi compreender a percepção de jovens LGBT sobre VPI e seu enfrentamento. A pesquisa teve abordagem qualitativa, realizada por meio de entrevista semiestruturada com 16 jovens LGBT de 18 a 30 anos de duas universidades públicas do estado do Rio de Janeiro. Foi feita análise de conteúdo dos dados coletados com o apoio do software webQDA. Os dados foram classificados em quatro categorias: tipificação do que é percebido como VPI, sua magnitude e fatores que a influenciam; desigualdades geradoras de VPI entre pessoas LGBT; LGBTfobia implícita e explícita percebida no ambiente universitário; reconhecimento e enfrentamento da VPI. A VPI com jovens LGBTs nem sempre é percebida pelos envolvidos e a desigualdade de gênero foi frequentemente considerada como motivação à VPI. O ambiente universitário foi visto como mais acolhedor, porém ainda assim existindo LGBTfobia. Amigos são os primeiros a serem buscados para apoio em violência, seguido pelo setor saúde. Conclui-se que jovens LGBTs passam por VPI com o agravante da sobreposição de vitimizações pela homofobia e têm maior dificuldade de obter apoio.
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