Por que bichas pretas incomodam?
Um estudo teórico-crítico sobre Masculinidades e Subjetividade Social na perspectiva Cultural-Histórica
DOI:
10.31560/2595-3206.2022.16.13505Resumo
Este estudo teórico-crítico fundamenta-se na Psicologia Cultural-Histórica e no materialismo histórico e dialético com objetivo de promover reflexões sobre os conceitos de masculinidades dissidentes racializadas e de sujeito na perspectiva dialética da subjetividade individual e subjetividade social atravessadas pelos fenômenos sociais da cisheteronormatividade e do racismo. Através das relações sociais de sexo-gênero-raça pudemos pensar as masculinidades dissidentes racializadas de bichas pretas sob olhar dialético das categorias de sujeito e subjetividade social da Teoria da Subjetividade proposta por Fernando González Rey. Ambas as categorias se mostram adequadas para estudos sobre masculinidades. O sujeito é aquele que abre vias próprias de subjetivação nos espaços normativos com produções subjetivas a partir de suas vivências; a subjetividade social integra a dimensão qualitativa das configurações subjetivas sociais e individuais dos sujeitos e dos espaços sociais nos quais se transita. A bicha preta no processo de tornar-se sujeito e nos modos de ser e existir desestabiliza os espaços sociais e confronta a lógica binária cisheteronormativa e o racismo. As bichas denotam identidades, configurações subjetivas e modos de existir em constante tensionamento subjetivo e objetivo para sobreviver, resistir, existir e amar. A realidade tensionada dialeticamente produz terremotos de emoções e sentimentos que reivindicam as masculinidades dissidentes racializadas nos seus espaços afetivos e sociais.
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