Cápsula para o passado

memórias de uma criança bicha

Autores/as

Resumen

Este é um ensaio sobre memórias de uma criança bicha. À partir de consciência de la Mestiza de Anzaldua (2005), e como método, utilizaremos a autohistoria-teoría  em um processo brincante de escrita. Entendo esse processo como um ato político de resgate da potência e resistência de corpos atravessados por sofrimento, silenciamento e apagamento de nossas formas de brincar, imaginar e de contar a própria história, bem como de produzir conhecimento que permita (re)imaginações de tempo e de construção de conhecimento não-hegemônicos. É uma carta enviada para o passado como um processo alquímico, como possibilidade de ressignificação da fragmentação multidimensional no corpo/mente, da própria memória de uma história (re)contada e (re)significada para o passado e futuro, ou seja, é um artesanato da simplicidade, do singelo, que não oferece resposta. É um resgate do íntimo do processo de des(aprendizagem) do silenciamento, de recuperação do próprio corpo, da (re)imaginação, que possa ensaiar parar aqui e agora, neste último corpo, para que possamos sonhar, sentir e (in)ventar outras possibilidades, outras rotas de fuga de ser, de estar e brincar no mundo.

Publicado

2023-04-27

Cómo citar

William Oliveira Knop Vicentin, D. (2023). Cápsula para o passado: memórias de uma criança bicha. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 5(18), 148–163. Recuperado a partir de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/13317

Número

Sección

Relatos de Experiências