“A gente faz arte pra não morrer”

Definições de si e de mundo a partir de produções de artistas negras lésbicas e bissexuais

Autores

  • Paula Rita Bacellar Gonzaga paribago@ufmg.br
    UFMG

DOI:

10.31560/2595-3206.2021.15.12645

Resumo

A partir do feminismo negro e do feminismo decolonial este trabalho se dispõe a analisar as narrativas de cinco artistas negras lésbicas e bissexuais com incursão na poesia, na literatura, nas artes plásticas, nas artes cênicas, na performance e na palhaçaria, acerca de suas trajetórias de produção artística, política e epistêmica.  Objetiva-se refletir sobre os desafios dessas  mulheres frente ao epistemicídio instaurado no sistema de gênero moderno/colonial e ainda compreender como essas intelectuais, a partir do lócus fraturado que ocupam, têm construído definições sobre si e sobre o mundo que desvelam modelos de humanidade e sociedade comprometidos com o feminismo antirracista e antilesbotranshomofóbico. As reflexões apresentadas aqui compõem a tese de doutorado: "A gente é muito maior, A gente é um corpo coletivo": Produções de si e de mundo a partir da ancestralidade, afetividade e intelectualidade de mulheres negras lésbicas e bissexuais, construída na Universidade Federal de Minas Gerais. Constata-se que ao exercitar a auto-definição as artistas negras provocam insurgências epistêmicas, políticas, biográficas e artísticas onde a criatividade intelectual se eleva diante da urgência de denunciar a perpetuação das iniquidades da colonialidade, bem como escrever, pintar, performar e narrar o mundo que ambicionamos, forjado a partir de múltiplas humanidades

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Publicado

2022-07-01

Como Citar

Bacellar Gonzaga, P. R. (2022). “A gente faz arte pra não morrer”: Definições de si e de mundo a partir de produções de artistas negras lésbicas e bissexuais. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 4(15), 55–80. https://doi.org/10.31560/2595-3206.2021.15.12645

Edição

Seção

Dossiê Temático Conexões entre identidade política, gênero e corpos racializados

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