Entre inexistências e visibilidades

a agência sociopolítica de travestis e mulheres transexuais negras no Brasil (1979-2020)

Autores

DOI:

10.31560/2595-3206.2021.14.12282

Resumo

O presente artigo reflete sobre as disputas sociopolíticas realizadas por travestis e mulheres transexuais negras no Brasil, correspondendo ao período de 1979 a 2020. Embora o Brasil seja o país líder em assassinatos de pessoas trans, sendo que aproximadamente 80% desses assassinatos foram cometidos contra travestis e mulheres transexuais negras, este mesmo país presenciou no pleito legislativo de 2020 a vitória eleitoral de mais de 30 pessoas trans. Em um momento em que a América Latina presencia uma articulação neoconservadora transnacional, o desafio colocado às/aos pesquisadoras/es brasileiras/os é o de esmiuçar as trajetórias que culminam nos resultados eleitorais da população trans nas eleições de 2018 e 2020. De caráter qualitativo, este artigo foi construído através de revisão bibliográfica e análise documental. Ao identificar diferentes momentos nos quais as atrizes experimentaram formas de participação social e de engajamento sociopolítico, destacamos que essas disputas estão sendo desenvolvidas de forma contínua há mais de quatro décadas. Assim, estamos descortinando as inexistências e invisibilidades imputadas e trazendo visibilidade para os outros projetos políticos que emergem através das práticas realizadas pelas travestis e mulheres transexuais negras brasileiras.

Biografia do Autor

Maria Clara Araújo dos Passos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Formada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e cursando a Especialización y Curso Internacional en Estudios Afrolatinoamericanos y Caribeños pelo Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO) e pela Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO Brasil). Integrante do NIP: Núcleo Inanna de Pesquisa e Investigação de Teorias de Gênero, Sexualidades e Diferenças, coordenado pela Profª Dra. Carla Cristina Garcia (PUC-SP).

Carla Cristina Garcia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Mestre e Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pós-doutorada pelo Instituto José Maria Mora (México, DF). É professora da PUC-SP no programa de estudos pós graduados em psicologia social e ciências sociais e autora dos livros Ovelhas na Névoa: um estudo sobre as mulheres e a loucura (Ed. Rosa dos Tempos/Record), Produzindo Monografia (Ed. Limiar), As Outras Vozes: memórias femininas em São Caetano do Sul (Ed. Hucitec), Sociologia da Acessibilidade (IESD), Hambre del Alma. Escritoras e o banquete de palavras (Ed. Limiar), Breve História do Feminismo (Ed. Claridade), O Rosa, o Azul e as Mil Cores do Arco-Íris. Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente (Ed. Annablume), Mulheres, Tempos e Trabalhos ( Ed. Annablume)

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Publicado

2022-02-10

Como Citar

dos Passos, M. C. A., & Garcia, C. C. (2022). Entre inexistências e visibilidades: a agência sociopolítica de travestis e mulheres transexuais negras no Brasil (1979-2020). Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 4(14), 32–53. https://doi.org/10.31560/2595-3206.2021.14.12282

Edição

Seção

Dossiê Temático: Participação política LGBTI no Brasil