Transnecropolítica e abjeção

Contestação dos direitos da população trans no Brasil contemporâneo

Autores

DOI:

10.31560/2595-3206.2021.14.12144

Resumo

Neste artigo, propõe-se refletir sobre os assassinatos de travestis e transexuais no Brasil a partir da intensificação da marca da abjeção e da conformação de uma transnecropolítica. A esse respeito, o Estado brasileiro não só tem reiterado esse itinerário, como também tem conseguido, de forma espúria, negligenciar a existência e os direitos das chamadas dissidências sexuais e de gênero. A investigação parte de uma pesquisa bibliográfica e documental, em que se prioriza uma abordagem qualitativa e visa a uma interlocução com os estudos pós-estruturalistas. O panorama que apresentamos neste artigo denota os processos de invisibilidade que as dissidências sexuais e de gênero assumem no bojo dos debates políticos contemporâneos. No Brasil, as medidas paliativas, ou melhor dizendo, a falta de mecanismos para proteger a vida da população trans nos encaminha para um cenário de desproteção total desse grupo de pessoas que cada vez mais é marginalizada nos espectros político e social. Considerando o exposto, é notório que está em curso, no Brasil, uma engenharia social e política revestida de uma transnecropolítica que atinge visceralmente os corpos e as vidas de travestis, mulheres trans e transgêneros.

Biografia do Autor

Francisco Rivelino Oliveira Nascimento, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Graduado em Serviço Social pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE Campus Iguatu (2019). Mestrando em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) - com área de concentração em: Serviço Social, Questão Social e Direitos Sociais -, vinculado a linha de pesquisa; Gênero, Diversidade e Relações de Poder. Integrante na condição de estudante pesquisador do Grupo de Estudo/Pesquisa Flor e Flor Estudos de Gênero e Sexualidade da Universidade Estadual da Paraíba na linha de pesquisa Interseccionalidades e a produção de subjetividades.

Thelma Maria Grisi Velôso, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Graduação em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Mestrado em Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP - Câmpus de Araraquara/SP). Professora do Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e do Programa de Psicologia da Saúde da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Downloads

Publicado

2022-02-10

Como Citar

Oliveira Nascimento, F. R., & Grisi Velôso, T. M. (2022). Transnecropolítica e abjeção: Contestação dos direitos da população trans no Brasil contemporâneo. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 4(14), 284–307. https://doi.org/10.31560/2595-3206.2021.14.12144

Edição

Seção

Dossiê Temático: Participação política LGBTI no Brasil