Transnecropolítica e abjeção
Contestação dos direitos da população trans no Brasil contemporâneo
DOI:
10.31560/2595-3206.2021.14.12144Resumo
Neste artigo, propõe-se refletir sobre os assassinatos de travestis e transexuais no Brasil a partir da intensificação da marca da abjeção e da conformação de uma transnecropolítica. A esse respeito, o Estado brasileiro não só tem reiterado esse itinerário, como também tem conseguido, de forma espúria, negligenciar a existência e os direitos das chamadas dissidências sexuais e de gênero. A investigação parte de uma pesquisa bibliográfica e documental, em que se prioriza uma abordagem qualitativa e visa a uma interlocução com os estudos pós-estruturalistas. O panorama que apresentamos neste artigo denota os processos de invisibilidade que as dissidências sexuais e de gênero assumem no bojo dos debates políticos contemporâneos. No Brasil, as medidas paliativas, ou melhor dizendo, a falta de mecanismos para proteger a vida da população trans nos encaminha para um cenário de desproteção total desse grupo de pessoas que cada vez mais é marginalizada nos espectros político e social. Considerando o exposto, é notório que está em curso, no Brasil, uma engenharia social e política revestida de uma transnecropolítica que atinge visceralmente os corpos e as vidas de travestis, mulheres trans e transgêneros.
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