Que o queer torne-se a força e que a sua roupa seja armadura de resistência
DOI:
10.31560/2595-3206.2019.7.10117Resumo
A apresentação desse trabalho visual demonstra a força que implica o corpo queer – estabelecido aqui em sua relação indissociável com as dissidências de raça, gênero e sexualidade – e as formas, cores e texturas de suas extensões de pele (MCLUHAN, 2005). Provocamos as vestes e os adereços que cobrem seus corpos no intuito de problematizar o campo de violência que essa composição da aparência (CIDREIRA, 2005) recebe e as estratégias resistivas que respondem a esse chamado violento na forma de suas vestes. Conhecidxs como Tikal Babado e Pai Amor, ou o que chamaríamos carinhosamente aqui de Babado e Amor, são esses corpos queers que carregam consigo os seus modos sensíveis de adornar e as resistências memoráveis e deslizantes de um tobogã de arco-íris carregado de paixões, emoções e sentimentos de sujeitos que brigam nessa sociedade normativa para afirmar a possibilidade de ser e existir como seres possíveis e gloriosamente adornados de sentidos. Convocadas enquanto armaduras, suas vestes e demais extensões são potencializadas a partir de uma perspectiva que impetre seus fazeres artísticos, poéticos, político-estéticos e midiáticos e os tornem potencialmente atuantes em suas composições. A vibração de suas estonteantes vestes e a fascinante performance que esse movimento entre corpo e roupa ressaltam nossos olhos, nos embrenham de sensibilidades necessárias que compõem as suas poéticas. A roupa e todos os seus elementos não cumprem apenas o papel de cobrir os seus corpos, mas fazem surgir sentidos potentes em seus fazeres políticos. Trouxemos títulos para essa tessitura e que, acima de tudo, provoquem nossas formas de ver, sentir e perceber (MERLEAU-PONTY, 1999) a roupa em corpos abjetos. As fascinantes imagens são embaladas com o cenário da Cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia.Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista Brasileira de Estudos da Homocultura
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à Revista Brasileira de Estudos de Homocultura (REBEH), do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação, em um único número da Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
A Revista encontra-se licenciada sob uma Licença Creative Commons 4.0 Internacional, para fins de difusão do conhecimento científico, conforme indicado no sítio da publicação.
Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.