Militarizar para controlar: a ofensiva neoliberal e conservadora na educação pública no Brasil
Resumen
Controlar vidas privadas, cercear liberdade de expressão, reprimir e marginalizar estudantes que desafiam normas de gênero estabelecidas? Seriam essas algumas das ações inconstitucionais que balizam a metodologia militarizada em escolas públicas brasileiras? O presente artigo tem como foco a análise dessa metodologia de militarização das escolas e sua simbiose com a concepção de educação neoliberal e o avanço do neoconservadorismo religioso, fundamentalista, considerando como ambos operam e se coadunam com a finalidade última não só de banir as temáticas gênero, sexualidade, diversidade de gênero nas escolas, dos planos de educação, mas sobretudo minar as conquistas dos movimentos feminista e LGBTQIAP+. A metodologia aplicada para a construção deste artigo recorre à revisão de literatura que inclui: documentos oficiais, reportagens veiculadas em mídias contemporâneas, postagens em redes sociais, entre outros. Nos amparam nessa discussão, identificando as características principais da agenda neoliberal e neoconservadora, Atílio Boron (1999), Eloisa Höfling (2001), Graziella Santos (2020) e Daniel Pereira Andrade, Mariana Côrtes e Silvio Almeida (2021). A partir da análise das informações veiculadas nas referidas fontes, é possível enxergar como os discursos produzidos por ambas perspectivas – neoliberal e neoconservadora - se imbricam e se inserem nas disputas de interferência nas políticas públicas educacionais, consubstanciando-se a narrativas falaciosas que em seus desdobramentos instigam e instauram os pânicos morais.
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