Afetividades, maternagens e parentalidades

Novas Possibilidades para Antigos Dilemas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29327/2410051.6.20-13


Resumo

Neste artigo buscamos refletir criticamente sobre o alcance do conceito de maternagem em contraposição a maternidade. Maternagem se define como ato coletivo de criar, educar, nutrir uma criança em todos os âmbitos, por outro lado, maternidade é o ato solitário de uma mulher nos cuidados com uma criança. Principalmente embasado nos estudos da filósofa africana Sobonfu Somé, mas não se limitando a eles, ressignificamos os conceitos tradicionais de família, ampliando a compreensão da parentalidade para além dos papeis predefinidos de gênero. A ressignificação ocorre ao priorizarmos a afetividade e o compromisso na construção de um mundo inclusivo, onde todas as pessoas tenham espaço. Tal empreitada toma como referência estudos relacionados aos feminismos decoloniais, feminismos negros e atravessamentos psicanalíticos e psicossociais na perspectiva de gênero. A metodologia utilizada nesta pesquisa se baseia na associação teórica a autoetnografia e as escrevivências de Conceição Evaristo, adequadas para a delicadeza das trocas entre os/as sujeitas envolvidas. Até o momento, a conclusão a que chegamos é a de que o conceito de maternagem tem ampliado as possibilidades de organização das parentalidades e desinvestido da família tradicional, mononuclear com papéis sociais de gênero rígidos e definidos, mas, que as influências das heranças geracionais ainda interferem na aceleração destas novas configurações.

Downloads

Publicado

01-09-2023

Edição

Seção

Dossiê Temático: Parentalidades LGBTQIA+: desafios e experiências

Como Citar

Afetividades, maternagens e parentalidades: Novas Possibilidades para Antigos Dilemas. (2023). Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 6(20), 291-320. https://doi.org/10.29327/2410051.6.20-13