“É aqui o acolhimento das mães?”

Acolhimento como ativismo no movimento Mães Pela Diversidade de Belo Horizonte

Autores

DOI:

10.31560/2595-3206.2021.14.12310

Resumo

O presente artigo se centrará em uma das diversas formas de atuação política do coletivo Mães Pela Diversidade de Belo Horizonte. O foco será o atendimento prestado voluntariamente pelas ativistas do coletivo a qualquer pessoa que as procure para pedir conselho, desabafar, conhecer o coletivo. O objetivo dos encontros é também conectar pais e mães que militam em apoio à suas filhas e filhos LGBTI+ com pais e mães que estão em processo de estranhamento ou desaprovação da orientação sexual e/ou orientação sexual de filhos e filhas. A partir da imersão etnográfica no “plantão de acolhimento” que ocorre desde 2017 duas vezes por semana em horário fixo dentro de equipamento cultural público municipal, trago a discussão do acolhimento como forma de ativismo, desdobramentos desta prática e como essa atividade se constrói em relação ao público que recorre ao “atendimento das mães”. Para tal primeiro apresentarei o cenário, as personagens atuantes no atendimento e então passarei para relatos de campo que elucidam diferentes formas de acolher seguido pelo diálogo com outras produções da área que discutem repertório de ação e apontam a complexidade do acolhimento.

Biografia do Autor

Clara Cazarini, Universidade Estadual de Campinas

Doutoranda em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Mestra em Antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Desenvolve pesquisa em maternidade e ativismo, movimentos sociais e sexualidade. 

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Publicado

2022-02-10

Como Citar

Cazarini, C. (2022). “É aqui o acolhimento das mães?”: Acolhimento como ativismo no movimento Mães Pela Diversidade de Belo Horizonte. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 4(14), 235–263. https://doi.org/10.31560/2595-3206.2021.14.12310

Edição

Seção

Dossiê Temático: Participação política LGBTI no Brasil