ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A EVOLUÇÃO FLORESTAL E A DECLIVIDADE UTILIZANDO IMAGENS LANDSAT

Autores

  • Juliana Marchesan marchesan.ju@gmail.com
  • Letícia Daiane Pedrali lepedrali@yahoo.com.br
  • Juliana Tramontina tramontina.ju@gmail.com
  • Elisiane Alba lisianealba@gmail.com
  • Eliziane Pivoto Mello elizianemello@yahoo.com.br
  • Rudiney Soares Pereira rudiney.s.pereira@gmail.com

DOI:

10.31413/nativa.v4i1.3247

Resumo

O presente estudo teve por objetivo analisar a evolução da cobertura florestal e sua relação com a declividade, no município de Agudo, RS, entre os anos de 2010 e 2014. Foram utilizadas imagens do satélite Landsat 5, para o ano de 2010, e Landsat 8, para o ano de 2014, para o mapeamento do uso e cobertura da terra, por meio da classificação MaxVer, criando-se quatro classes: “Floresta”, “Agricultura/Pecuária”, “Solo Exposto” e “Água”. O mapa de declividade foi gerado a partir de dados de radar SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), com a criação de quatro classes de declividade: inferior à 15º, entre 15º e 30º, entre 30º e 45º e superior à 45º. O aplicativo SPRING 5.1.8 foi utilizado para o processamento dos dados. Para quantificar a transição entre as classes de uso e cobertura da terra utilizou-se a programação LEGAL (Linguagem Espacial de Geoprocessamento Algébrico), após realizou-se o cruzamento entre o mapa de declividade e o de evolução florestal. A partir dos resultados obtidos, verificou-se que aproximadamente 70% da área de estudo possui declividade menor ou igual a 15º, evidenciando que no município predominam terrenos planos, suavemente ondulado e ondulado, a agricultura e pecuária são predominantes nessas áreas, enquanto que as florestas predominam em declividades maiores, porém a regeneração florestal foi maior em áreas com declividade de até 15º totalizando um aumento de 2.611,11 ha. Portanto, nota-se que as áreas de floresta estão aumentando e ocupando áreas que anteriormente eram ocupadas por agricultura ou pecuária.

Palavras-chave: classificação MaxVer, programação LEGAL, sensoriamento remoto

 

RELATIONSHIP ANALYSIS BETWEEN FOREST EVOLUTION AND DECLIVITY USING LANDSAT IMAGES

 

ABSTRACT

This study aimed to analyze the evolution of forest cover and its relationship with the declivity in the city of Agudo, RS, Brazil, between the years 2010 and 2014. We used Landsat 5 satellite images, for the year 2010, and Landsat 8 images, for the year 2014, in order to produce the mapping of the use and coverage of the land, through MaxVer classification, thus generating four classes: “Forest”, “Agriculture/Livestock”, “Exposed Soil” and “Water”. The declivity map was generated from SRTM radar data (Shuttle Radar Topography Mission), with the production of four declivity classes: less than 15°, between 15° and 30°, between 30° and 45° and more than 45°. The SPRING 5.1.8 application was used for data processing. With the purpose of quantifying the transition between the classes of use and coverage of the land, we used the LEGAL programming (Spatial Language for Algebraic Geoprocessing). Then, we held the intersection between the declivity map and the forest evolution map. From the obtained results, we found that approximately 70% of the study area has declivity less than or equal to 15°, thus indicating the predominance of flat lands, mildly wavy and wavy, in the municipal territory. Agriculture and livestock are predominant in these areas, whilst forests are predominant in bigger declivities, but the forest regeneration was greater in areas with declivity of up to 15°, totaling an increase of 2,611.11 ha. Therefore, one should realize that forest areas are increasing and occupying areas that were formerly occupied by agriculture or livestock.

Keywords: MaxVer classification, LEGAL programming, remote sensing.

 

DOI: http://dx.doi.org/10.14583/2318-7670.v04n01a11

Biografia do Autor

Juliana Marchesan

Referências

CÂMARA, G.; SOUZA, R. C. M.; FREITAS, U. M.; GARRIDO, J. Spring: Integrating remote sensing and GIS by object-oriented data modelling. Computers & Graphics, v. 20, n. 3, p. 395-403, 1996. http://dx.doi.org/10.1016/0097-8493(96)00008-8

COHEN, J. A. Coeficient of agreement for nominal scales. Journal of Educational and Measurement, Washington, v. 20, n. 1, p. 37-46, 1960.

FERRARI, R. Modelagem Dinâmica do Uso e Cobertura da Terra da Quarta Colônia, RS. 2008. 130 f. Dissertação (Mestrado em Geomática) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2008.

GANDOLFI, S. História natural de uma floresta estacional semidecidual no município de Campinas (SP, Brasil). 2000. 520 f. Tese (Dutorado em Ciências) –Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.

IBGE. Produção Agrícola Municipal 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.

INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Disponível em: <http://www.inpe.br>. Acesso em: 10/09/2014.

ITAQUI, J. Quarta Colônia – Inventário Técnico de Flora e Fauna. Santa Maria: Condesus, 2002.

KRAAK, M. J.; ORMELING, F. J. Cartography – visualization of spatial data. Inglaterra: Longman Group United Kingdom, 1996. 205 p.

LANDIS, J.; KOCH, G. G. The measurements of agreement for categorical data. Biometrics, Washington, v. 33, n. 3, p. 159-179, 1977.

MARCHIORI, J. N. C. Fitogeografia do Rio Grande do Sul: enfoque histórico e sistemas de classificação. Porto Alegre: Ed. EST, 2002. 118p.

MORENO, J. A. Clima do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Secretaria da Agricultura, 1961. 42 p.

NOBRE, A. D. Relação entre matéria orgânica e mineral de uma topossequência Latossol-Podzol e a cobertura de floresta tropical úmida na bacia do rio Curiaú, Amazônia Central. 1989. 100 f. Dissertação (Mestrado em Biologia) INPA, Manaus, 1989.

ROOS, A.; FIGUEIRÓ, A. S. Interpretando a transformação da paisagem no município de Agudo (RS) a partir da história ambiental. Revista Geonorte, Manaus, v. 3, n. 4, p. 1032-1044, 2012.

SCHIRMER, G. J. Análise do uso do solo e sua relação com o relevo no município de Agudo, RS. Revista Geográfica da América Central, Costa Rica, v. 2, n. 47E, p.1-18, 2011.

SEABRA, V. DA S.; XAVIER, R. A.; DAMASCENO, J.; DORNELLAS, P. DA C. Análise das mudanças de uso e cobertura da terra na bacia do rio Taperoá-PB entre os anos de 1990 e 2009. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO (SBSR), 16. (SBSR), 2015, João Pessoa, PB. Anais... São José dos Campos: INPE, 2015. p. 108-115. On-line. ISBN 978-85-17-0076-8. Disponível em: <http://www.dsr.inpe.br/sbsr2015/files/p0026.pdf>. Acesso em: 17 set 2015.

STRECK, E. V.; KÄMPF, N.; DALMOLIN, R. S. D.; KLAMT, E.; NASCIMENTO, P. C.; SCHNEIDER, P.; GIASSON, E.; PINTO, L. F. S. Solos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EMATER-RS/ UFRGS, 2008. 222 p.

VENTURIERI, A.; SANTOS, J. R. DOS. Técnicas de classificação de imagens para análise da cobertura vegetal. In: ASSAD, E. D.; SANO, E. E. (Org.). Sistemas de Informações Geográficas: Aplicações na Agricultura. 2. ed. Brasília: EMBRAPA, 1998. p. 351-371.

Downloads

Publicado

2016-02-25

Como Citar

Marchesan, J., Pedrali, L. D., Tramontina, J., Alba, E., Mello, E. P., & Pereira, R. S. (2016). ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A EVOLUÇÃO FLORESTAL E A DECLIVIDADE UTILIZANDO IMAGENS LANDSAT. Nativa, 4(1), 53–57. https://doi.org/10.31413/nativa.v4i1.3247

Edição

Seção

Notas Técnicas / Technical Notes

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)