FLORÍSTICA, ESTRUTURA E SUCESSÃO ECOLÓGICA DE UM REMANESCENTE DE MATA CILIAR NA BACIA DO RIO GURGUÉIA-PI

Autores

  • Leovandes Soares da Silva leovandessoares@bol.com.br
    Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
  • Allyson Rocha Alves alyson_engenharia@yahoo.com.br
  • Aluska Kelly Alves Nunes aluskakelly_jp@hotmail.com
  • Wallassy de Sousa Macedo wallassy99@hotmail.com
  • Andréia da Rocha Martins andreiaceleste16@hotmail.com

DOI:

10.31413/nativa.v3i3.2287

Resumo

O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo florístico, fitossociológico e ecológico de um remanescente de mata ciliar localizado na bacia do rio Gurguéia no município de Bom Jesus no Sul do Piauí, em uma área de transição cerrado-caatinga. A análise da vegetação foi utilizado o método de parcelas fixas de forma sistemática, foram alocadas 5 faixas de 1200 m2 (20m x 60m) subdividido em 3 sub unidades de 20 x 20m, totalizando 15 unidades amostrais. Dentro das parcelas foram amostrados todos os indivíduos com circunferência à altura do peito (CAP) ≥ 6 cm. A estrutura da vegetação foi avaliada por todos os parâmetros fitossociológicos, e seu índice de diversidade de Shannon (H’). A análise da distribuição diamétrica e hipsométrica foi feito por meio de histogramas, com intervalos de 3 cm e 5 m respectivamente.  Foram amostrados 2.067 indivíduos, com 29 famílias botânicas, 59 gêneros e 70 espécies distribuídas nos grupos ecológicos, 18 pioneiras, 24 secundárias iniciais, 20 secundárias tardias e 8 clímax, das famílias encontradas com maior número de espécie foram Fabaceae e Annonaceae. A densidade foi de 3.445 ind ha-1 e uma área basal de 14,06 m2 ha-1. Este fragmento apresenta um grande número de indivíduos e espécies, essa área de transição possui um ganho importante no número de espécies, apresentando-se bastante heterogêneo, nas parcelas mais próximas do rio de (0 a 20m e de 20 a 40m) foi observado número maior de espécies e de indivíduos. Além de contribuir com o conhecimento e riqueza das espécies esse estudo serve de base com relação à largura da vegetação a ser mantida.

Palavras-chave: Ecótono, Caatinga, Cerrado.

 

FLORISTIC, STRUCTURE AND ECOLOGICAL SUCCESSION IN RIPARIAN FOREST OF THE GURGUÉIA RIVER, PIAUÍ-BRAZIL

ABSTRACT

The objective of this study was to conduct a floristic, phytosociological and ecological study in a remnant riparian forest located in the Gurgueia River, southern Piauí, caatinga-cerrado transition, located in Bom Jesus/PI. The vegetation analysis used was the fixed plots method, systematically, were allocated 5 bands of 1,200 m2 (20m x 60m) divided into 3 subunits of 20 x 20m, sampling 15units. Within the plots were sampled all individuals with circumference at breast height (CBH) ≥ 6 cm. The vegetation structure was evaluated by all phytosociological parameters, we calculated the Shannon diversity index (H'). The analysis of the hypsometric and diametric distribution was made by histograms, with intervals of 3 cm and 5 m respectively. Were sampled 2.067 individuals, with 29 botanical families, 59 genera and 70 species distributed among ecological groups, 18 pioneer, 24 early secondary, 20 late successional and 8 climax of households found the highest species number were Fabaceae and Annonaceae . The density was 3.445 ind ha -1 and a basal area of 14.06 m2 ha -1. This fragment shows a large number of individuals and species, the transition area has an important species number, presenting quite heterogeneous, the closest portions of the river (0 to 20m and 20 to 40m) was observed greater number of species and individuals. Besides contributing to the knowledge and species richness this study serves as the basis with respect to the vegetation width to be maintained.

Keywords: Ecotone, Caatinga, Cerrado.

 

DOI: http://dx.doi.org/10.14583/2318-7670.v03n03a02

Referências

ANDRADE, L. A. et al. Análise da cobertura de duas fisionomias de caatinga, com diferentes históricos de uso, no município de São João do Cariri, Estado da Paraíba. Cerne, Lavras, v.11, n.3, p.253-262, jul./set. 2005.

ANDRADE, L. A. et al. Análise da vegetação arbórea arbustiva espontânea, ocorrente em taludes íngremes no município de Areia – estado da Paraíba. Revista Árvore, Viçosa, v.26, n.2, p.165-172, mar./abr. 2002.

ARAUJO, G. M. Matas ciliares da caatinga: florística, processo de germinação e sua importância na restauração de áreas degradadas. 2009. 68f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2009.

BARBOSA, L. M. Considerações gerais e modelos de recuperação de formações ciliares. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. F (Ed.). Matas Ciliares: conservação e recuperação. São Paulo: Edusp/Fapesp, 2000. p.289-312.

BERTANI, D. F. et al. Análise temporal da heterogeneidade florística e estrutural em uma floresta ribeirinha. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v.24, n.1, p.11-23, jan./mar. 2001.

BOTREL, R. T. et al. Composição florística e estrutura da comunidade arbórea de um fragmento de floresta estacional semidecidual em Ingaí, MG, e a influência de variáveis ambientais na distribuição das espécies. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v.25, n.2, p.195-213, abr./ago. 2002.

CARVALHO, F. A.; NASCIMENTO, M. T. Estrutura diamétrica da comunidade e das principais populações arbóreas de um remanescente de floresta atlântica submontana (Silva Jardim - RJ, Brasil). Revista Árvore, Viçosa, v.33, n.2, p. 327-337, mar./abr. 2009.

CASTRO, A. A. J. F. Floristica e Fitossociologia de um cerrado marginal brasileiro, Parque Estadual de Vaçununga, Santa Rita do Passa Quatro-SP. 1987. 238f. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1987.

FARIAS, R. R. S.; CASTRO, A. A. J. F. Fitossociologia de trechos da vegetação do Complexo de Campo Maior, Campo Maior, PI, Brasil. Acta Botânica Brasílica, São Paulo, v. 18, n.4, p. 949-963, out./dez.2004.

FERREIRA, R. L. C.; VALE, A. B. Subsídios básicos para o manejo florestal da Caatinga. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 4, n.2, p.368-375, abr./jun. 1992.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Biomas: Caatinga Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biomas/caatinga>. Acesso em mar. 2014.

MÜLLER-DOMBOIS, D.; ELLEMBERG, H. Aims and methods of vegetation ecology. New York: John Wiley e Sons, 1974. 547p.

OLIVEIRA, E. B. Florística e estrutura fitossociológica de Mata Ciliar na Bacia do Rio Goiana – PE. 2006. 88f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2006.

RABELO, F. G. et al. Diversidade, composição florística e distribuição diamétrica do povoamento com DAP = 5cm em região do estuário do Amapá. Revista de Ciências Agrárias, Belém, v.37, n.1, p.91-112, jan./jun. 2002.

REDE DE MANEJO FLORESTAL DA CAATINGA. Protocolo de Medições de Parcelas Permanentes. Recife: Associação de Plantas do Nordeste; Brasília: MMA/PNF/PNE, 2005. 30p.

SISTEMA PARA ANÁLISE ESTATÍSTICA E GENÉTICA (SAEG). Manual de uso. Viçosa: UFV-Funarbe, 1997.

SOUZA, J. S. et al. Análise das variações florísticas e estruturais da comunidade arbórea de um fragmento de floresta semidecídua às margens do rio Capivari, Lavras – MG. Revista Árvore, Viçosa, v.27, n.2, p.185-206, mar./abr. 2003.

WHITMORE, T. C. Tropical Rain Forest dynamics and its implications for management. In: GOMES- POMPA, A. et al. Rain forest regeneration and management. Paris: UNESCO, 1990. p.67-89.

Downloads

Publicado

2015-09-29

Como Citar

da Silva, L. S., Alves, A. R., Nunes, A. K. A., Macedo, W. de S., & Martins, A. da R. (2015). FLORÍSTICA, ESTRUTURA E SUCESSÃO ECOLÓGICA DE UM REMANESCENTE DE MATA CILIAR NA BACIA DO RIO GURGUÉIA-PI. Nativa, 3(3), 156–164. https://doi.org/10.31413/nativa.v3i3.2287

Edição

Seção

Artigos Científicos / Original research

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)