FLORA E ESTRUTURA DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA NOS ESTADOS DA PARAÍBA E PERNAMBUCO
DOI:
10.31413/nativa.v2i2.1554Resumo
Este estudo objetivou determinar afinidades entre esta e outras 17 comunidades florestais de Pernambuco e Paraíba. Foram realizadas classificação por UPGMA e TWINSPAN; teste t de Mantel para testar a influência das distâncias geográficas na similaridade entre as comunidades e análise de espécies indicadoras de habitats. Testou-se a hipótese de que a isoieta de 1.000 mm separa florestas úmidas das secas. Os resultados evidenciaram o grupo das florestas úmidas (FU) representadas por Ombrófilas Submontanas e Estacionais de Terras Baixas e o das florestas secas (FS) incluindo as Estacionais Montanas e de Transição Savana Estépica-Florestas Montanas, com similaridade entre as fitofisionomias relacionadas ás distâncias geográficas entre elas. A heterogeneidade florística apontou similaridade mediana de Sørensen de 0,21. A isoieta de 1.000 mm e o número de meses secos são condições ecológicas que explicam e corroboram as diferenças nos padrões florísticos encontrados. O estudo apontou dez espécies com preferências significativas pelas fitofisionomias testadas, exceto para as Florestas Estacionais Semidecíduas Montanas. Os baixos níveis de similaridade com as comunidades florestais comparadas apontam a singularidade florística e estrutural na Floresta Estacional Semidecidual Montana do Pico do Jabre.
Palavras chave: análise de similaridade, teste t de Mantel, espécies indicadoras de habitat.
FLORA AND STRUCTURE OF SEASONAL SEMIDECIDUOUS MONTANE FOREST IN PARAIBA AND PERNAMBUCO STATES
ABSTRACT
This study aimed to assess affinities among that and 17 other forest communities in Paraiba and Pernambuco. It was used UPGMA, TWINSPAN analysis, Mantel’s t test to assess geographical distance influences in similarities between communities and analysis to detect habitat indicator species. The hypothesis that suggests that the 1.000 mm isohyet split humid and dry forests in the Northeast region was tested. Results pointed out a Wet Forest (FU) group including Submontane Ombrophilous and Low Land Seasonal Forests, and a Dry Group (FS) which included Montane Seasonal Forests and Savanna-montane Forest Transition areas. The floristic heterogeneity showed 0.21 Sørensen average similarities. The 1.000 mm isohyet and the number of dry months explained the floristic patterns established. Mantel’s t test showed that similarities were related to geographical distances. The indicator species analyses pointed out ten species with significant preference to the phyto physiognomy tested, except for Seasonally Dry Montane Forests. The low similarity levels with all forest communities compared pointed out the floristic singularity registered at the Pico do Jabre Montane Seasonal Forest.
Keywords: similarity analysis, Mantel´s T test, habitat indicator species.
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