Variabilidade das precipitações no setor noroeste da Bacia do Alto Paraguai
Palavras-chave:
anomalias, anospadrões, tendênciasResumo
Considerando o papel das precipitações na disponibilidade hídrica do bioma Pantanal, esta pesquisa objetivou identificar a variabilidade espaço-temporal das precipitações no setor noroeste da Bacia do Alto Paraguai-BAP durante o período 1994-2018, com base nos registros de 10 postos pluviométricos. A metodologia adotada incluiu: preenchimento das falhas de cada posto pelo método de Ponderação Regional; determinação das médias de precipitação (anuais, sazonais e mensais); e identificação da variabilidade (interanual e intra-anual) com base na classificação de anos padrões. Os resultados mostram que a média anual da precipitação é muito irregular, com um gradativo declínio na transição planalto – planície, influenciada pelo relevo. Entretanto, a sua variabilidade interanual não mostra regularidade; porém, nos anos com anomalias, a maioria delas são negativas. Na variabilidade intra-anual, a sazonalidade manifesta-se em um período chuvoso com duração de sete meses (outubro-abril) e outro menos chuvoso de cinco meses (maio-setembro), sendo J-F-M o trimestre mais chuvoso e J-J-A o mais seco. Na variabilidade mensal predominam as anomalias negativas (especialmente os meses secos). Quanto aos extremos de precipitação, no trimestre mais chuvoso existe equilíbrio entre extremos positivos e negativos (meses com volume ≥40% e ≤40% do que a média histórica). Porém, no trimestre mais seco a maioria dos extremos são negativos (meses com volume ≤40% da média). Também constatou-se que, em anos com afetação pelo evento ENOS-El Niño Oscilação Sul a intensidade das anomalias é maior. Conclui-se que a variabilidade das precipitações na região noroeste da BAP tem continuado a tendência à seca mostrada no século XX
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